Capítulo 2- Back Home

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Acordar cedo era péssimo, ainda mais com o fuso horário, era quase uma missão impossível

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Acordar cedo era péssimo, ainda mais com o fuso horário, era quase uma missão impossível. Além disso, não consegui dormir muito bem essa noite, já era comum isso acontecer, mas a chuva e o vento na minha janela me incomodaram durante toda a noite fazendo eu passar horas em claro. Certeza que não aguentarei chegar até o fim do dia sem dormir em alguma aula e pra piorar tudo estava frio e chuvoso, um dia perfeito pra continuar na cama. Eu ainda teria que me acostumar o clima e a calmaria Forks, totalmente diferente do Brasil.
A cidade era linda, mas bem pequena, o oposto de São Paulo, mas não era como se eu tivesse tido outra escolha, já que meu pai precisou voltar pelos negócios e, pelo bem da família, eu e minha mãe também viemos.

Sair dos EUA ainda criança e ir morar no Brasil não foi tão difícil. Certamente, que aprender outro idioma e outra cultura não foram tarefas simples de serem realizadas, mas sempre gostei de estudar e me desafiar. Além do que tudo naquela época parecia uma grande aventura pra uma criança de 8 anos. Mas voltar com quase 17 anos era totalmente diferente, era como voltar a uma vida que parecia apenas uma memória distante.

Eu me lembrava de poucas coisas desse lugar, reconheci a lanchonete que costumava ir todas as sextas com meu pai e a livraria que sempre o obrigava a me levar que continuava igual, velha e precisando de uma boa mão de tinta.
Percebi algumas coisas diferentes também; um estúdio pequeno de dança, um grande alivio porque não queria ter que ir toda hora até Port Angeles para dançar no de lá, e uma nova loja de instrumentos, ambos que sem dúvida eu visitaria ainda essa semana.

A arte era a minha forma de me esconder do mundo, o único momento onde poderia focar apenas em mim, esquecer de tudo ao meu redor e apenas existir. Era a única coisa que me acalmava nas crises de ansiedade, o único espaço seguro onde eu não precisava ser perfeita a todo momento, onde eu poderia errar sem consequências. A música, a dança e a pintura, os únicos que poderiam fazer toda a bagunça da minha mente sumir. Eu tocava violino desde os 5 anos, comecei a aprender na escola, logo percebi o efeito que a música me causava e então passei a fazer aulas particulares.
Foi a loucura dos meus pais, eles não achavam que eu iria realmente levar aquilo a sério, pensavam que abandonaria aquela ideia depois de um tempo, como fiz com a natação e a ginástica, mas isso claramente não aconteceu.

Eu costumava tocar até minhas mãos ficarem doloridas e meus dedos criarem calos em uma tentativa incessante de procurar a paz que as notas musicais me proporcionavam, mas hoje em dia eu consigo me controlar mais, pelo menos na maior parte do tempo.
Aos 7 comecei a aprender violoncelo e nunca mais parei, poderia dizer que gostava mais dele do que do violino, não que eu fosse dizer isso em voz alta. Com a dança e a arte ocorreram o mesmo, uma forma de gritar tudo o que eu sentia, mesmo que de forma desajeitada e desastrosa.

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My Eternal Loves ☆ TwilightOnde histórias criam vida. Descubra agora