Prólogo

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"Eu só vejo os meus objetivos, eu não acredito em falhas

Porque eu sei as vozes mais pequenas, elas podem tornar-se maioresEu tenho meus amigos comigo, ao menos aqueles à favorE se nós não nos vermos antes de eu partir, espero vê-los mais tarde"

(7 years, Lukas Graham)




O interfone não parava de tocar.

Olhei para o relógio e eram quatro da manhã. Um pouco frustrado, me levantei e atendi.

— Sr Turner, tem uma senhora aqui no hall junto de uma criança, elas pedem para falar com o senhor.

— Qual o nome?

Tentei puxar em minha mente algum caso que envolvesse crianças, mas não consegui me lembrar de nenhum. Intrigado e alerta, esperei a resposta de August, o recepcionista.

— Não quis dizer, apenas que falaria somente com o senhor. Parece urgente.

Apertei os olhos com a mão, sabendo que só poderia ser algum problema.

— Estou descendo.

Coloquei meu casaco e chinelos sob as meias, pois estava frio, e desci não tendo ideia do que iria encontrar. Uma senhora e uma criança foram a última sugestão de visitas na madrugada para mim. Assim que cheguei, de longe, vi uma mulher com uma roupa modesta, e uma criança. Mesmo com o rosto encostado na perna da mulher, eu poderia dizer com certeza que era uma menina. O cabelo era longo, escuro e estava solto, tampando o rosto. Ela estava agasalhada com uma roupa rosa. Assim que me aproximei, agora ainda mais curioso pois poderia dizer que nunca havia visto a mulher em minha vida, fui surpreendido com a pergunta da mulher.

— Você é Daniel Turner?

A mulher me olhou com firmeza e, embora seu tom fosse educado, não deixava de ter uma nota severa. A garotinha levantou os olhos para mim e assim pude vê-la com mais precisão.

E quase perdi o ar.

A voz ficou presa em minha garganta, um calafrio tomou meu corpo inteiro, porque eu estava olhando para o meu próprio retrato. Grandes olhos azuis, cabelo escuro, sorriso tímido e cansado. A garotinha era muito parecida comigo.

— Você é Daniel Turner?

Tentando recuperar a minha voz, justo eu, um advogado renomado, que cresci graças a segurança e firmeza que passei aos meus clientes através das palavras, respondi.

— Quem é você?

— Bom, é só olhar o seu rosto para ter certeza de que é você. — A mulher disse mais para ela do que para mim. Por algum motivo eu previ e temi na mesma proporção as próximas palavras da mulher — Meu nome é Mary Allen, sou a governanta de Victoria Grace — Ela olhou para a garotinha — Sua filha.





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Como de costume amores, o prólogo é apenas uma pinceladinha de nada hhahaha! Será que Daniel, solteiro invicto, será um bom pai?  

JOGADA DA VIDA - Spin off de Jogada PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora