A cortina balançava suave enquanto a janela aberta deixava a brisa entrar soprando o ar frio e agbradável por todo o cômodo.Minha cabeça não conseguia digerir nada do que acabara de acontecer, era absolutamente surreal. Se eu não estivesse junto, juraria ser fantasia de filme e livro. Mas era real. Real demais.
Encostei o topo da cabeça na vidraça sem ser capaz de descolar os olhos atentos do projeto fajuto de igreja. Nem sabia como chamar aquilo. Havia algo a mais que ainda não conseguíamos ver e a certeza de ser repugnante me fazia
— Quer uma camisola emprestada?
— Se for ser a sua e você ficar sem, adoraria.
Ela riu. E, admito, era lindo.
— Nem num momento desses você deixa de ser atrevido.
— Faço o que posso. — encolhi os ombros, sorrindo ladino.
Ou só talvez estivesse tentando escapar daquelas cenas.
— Então — passei a língua nos lábios secos, umedecendo-os. Não sabia como reagir à tudo aquilo, menos ainda lidar com Bae e eu dormindo em um mesmo quarto por livre vontade dela. — vamos comentar sobre?
Ela respirou fundo, soprando o ar trêmulo. Sooyeon tinha os olhos distantes, presos em algum outro lugar enquanto permaneciam fixados no piso. Eu não conseguia dizer o que se passava em sua cabeça, mal sabia decifrar o que havia na minha. Sua destra foi direto nos cabelos, os jogando para trás e suspirou.
— Isso tudo é... bizarro. É loucura. — o tom soou fraco, deu para ouvi-la engolir em seco. — Nada aqui faz sentido.
— O que vamos fazer? Não dá pra simplesmente ignorar, não mais. E muito menos continuar aqui, não sabemos o que pode acontecer.
Bae enfim desgrudou o olhar do carpete velho e caminhou até a porta do banheiro.
— No que pensa em fazer?
Desconsiderando minha existência ali, a garota tirou a blusa sem pressa e os coturnos. Tive que desviar as orbes para qualquer lugar daquele quarto quando vi o sutiã preto ser removido, deixando à mostra as rosados e eriças auréolas. Pude sentir imediatamente aquela fisgada involuntária, ela provocava até quando não se dava conta.
Sem fechar a porta, Sooyeon entrou no banheiro e o barulho do chuveiro surgiu. Me senti um pouco desnorteado.
— Não sei direito. — murmurei. — Só não acho que deixar do jeito que está é certo. Precisamos acordar aquela gente, não entendo como deixam isso tudo acontecer sem fazer nada.
— E então? Quer chegar lá e dizer "gente, ele tá batendo em vocês, fujam!"? Essas pessoas estão sendo completamente manipuladas, Taehyung
— Dá pra perceber. — sentei na beira da cama, tombando o corpo para trás somente o apoiando com os braços esticados. — Mas tempo é precioso. Qualquer segundo a mais ou a menos pode colocar a vida de alguém e a nossa em jogo.
— Viu o que fizeram com o seu quarto? E o que aconteceu naquela maldita igreja? Já estamos condenados, não resta opção. Nós vamos fazer algo.
De súbito, a silhueta apareceu, as curvas muito bem nítidas na sombra que se mexia pela parede sem pressa alguma. Quis virar e visualizar em cores.
— É confuso. Tentar fugir e deixar pessoas inocentes serem mortas aos poucos ou ficar e acabar sendo mortos aos poucos. — suspirei.
— Eu sabia que seria assim quando resolvi vir. — disse em tom baixo, a sombra deixando de lado a toalha. Podia jurar que ela estava me provocando em cada mínimo gesto, como se soubesse o que me suscitaria. — Já você, foi acaso, não?
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Proditorium | Kim Taehyung
FantasiaKim Taehyung não era alguém fácil de se atrair, mas estava extremamente excitado. Kim Taehyung não se deixava levar por qualquer coisa, mas estava tomado por desejos profanos, cego pelo êxtase, sem fôlego a cada segundo que apenas sentia o cheiro al...