> 2. Um dia com ele.

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Boquiaberto e impressionado demais, era assim que se sentia ao entrar em seu quarto, quando chegou só deu uma leve olhada por conta do homem que lhe mostrou a casa parecer estar apressado demais.
Miya estava ao seu lado lendo uma lista de coisas que deveriam fazer no dia, ele parecia bem animado para falar a verdade. Em um certo momento pensou sobre como ele já sabia ler mesmo tendo somente quatro anos.

Por enquanto deixaria de lado toda essa história de arrumar suas coisas e voltaria toda a sua atenção para o garotinho, afinal estava sendo pago para isso e queria poder pelo menos merecer o dinheiro que recebe, por isso decidiram seguir logo o primeiro item da lista, o que era meio óbvio que fariam.
Pelo o que soube ele mesmo fez essa lista a alguns dias como se fosse sua agenda, ele era bem organizado e gostava disso, amava crianças espertas.

– Certo, agora são oito e quarenta e cinco, devemos tomar café da manhã!.

Concordou com a fala dele o guiando até a cozinha, ele gostava muito de ficar em seu colo, o que de certa forma achou estranho já que o cara que lhe apresentou o local deixou bem claro que Miya odiava contato físico a não ser com seu pai.

– O que você quer comer?.

A cena dele apoiando o dedo no queixo e colocando uma expressão pensativa em seu rosto lhe deixou bobo, ele era muito fofo!.
Não demorou muito para que Miya pedisse panquecas e se sentasse no banco em frente a enorme ilha da cozinha, só aquele cômodo dava seu antigo apartamento todo.

As panquecas não demoraram para ficarem prontas, de uma coisa Reki podia se gabar, era ótimo na cozinha, por ter que morar sozinho muito cedo teve que se virar, o que foi ruim na época mas hoje agradecia muito, já que agora podia fazer qualquer coisa com o máximo de confiança possível.

Fez um suco de laranja e passou um café rapidamente, logo serviu Miya e se sentou do seu lado bebericando seu delicioso café quentinho, ele pareceu gostar muito de tudo já que se deliciava com a panqueca e o suco, de fato ele estava todo melecado, o mel que havia posto na panqueca estava na roupa e em seu rosto, o que era fofo porém preocupante.

– Hum, isso está ótimo!.

– Fico feliz que tenha gostado Miya.

Sorriu voltando sua atenção ao café, como não tinha o costume de comer de manhã sabia que não iria sentir fome mais tarde, pelo menos não antes do meio dia, então não se preocupava com nada.

– Reki, eu gostei muito de você, sabe as outras babás eram muito falsas comigo, elas só me usavam para puxar o saco do papai!.

Não sabia se dava risada ou se preocupava, o tom de indignação que ele usou foi demais para si, estava mesmo conversando com uma criança de quatro anos?.

– Elas eram interesseiras não é? Gente assim me dá nojo Miya.

E a fofoca rolou que nem bola de futebol, ele lhe contou tudo, sobre como a última babá deu em cima de seu pai só para ter um aumento sendo que ela nem gostava de Miya e na maioria das vezes o deixava sozinho, disse que teve uma vez que colocou detergente na comida de uma delas, o que era um pouco sério porém não deixou de dar altas risadas com o garoto, no geral ele teve em torno de dezoito babás desdo início desse ano, lembrando que estavam apenas em julho.

– O que acha de um banho?.

Querendo ou não o garoto estava sujo pelo o fato de ter se lambuzado todo com a comida, mesmo sendo muito esperto não mudava o fato de que Miya ainda era uma pequena criança de quatro anos, uma bem surpreendente por sinal.

– Aceito, me sinto muito sujo!.

Sorriu com o comentário do garoto o levando até o seu próprio quarto de volta, ele comentou que gostaria de tomar banho na banheira e não viu problemas nisso, se ele é rico tem que aproveitar seus privilégios.

DIFÍCIL DE LIDAR. - Langa × RekiOnde histórias criam vida. Descubra agora