Cap. 01 A Morte

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Mais um dia normal se encerrava para mim, havia voltado para casa de ônibus como sempre. Tentando decidir entre bolo de carne e macarrão com queijo para o jantar, só notei que havia parado no meu ponto quando alguém esbarrou em mim. Desci do ônibus e entrei em casa pela porta dos fundos, ja que seria o caminho mais curto até a sala. Deixei minha mochila na cadeira da mesa da sala de jantar e fui até a sala de estar, onde encontrei minha mãe sentada em uma das poltronas lendo uma notícia sobre as indústrias Stark em seu telefone. Ela sorriu de modo bobo ao passar por uma foto de Tony Stark. Arqueei uma das sobrancelhas em uma expressão de confusão e a chamei.

- Mãe? - Ela me olhou meio envergonhada, desligou a tela do celular e se levantou devagar, vindo até mim e me abraçando. De uma hora para outra eu havia ficado com as bochechas cobertas com marcas de seu gloss de laranja.

- Boa noite minha querida, como foi na escola hoje? - Citou em seu doce tom materno e gentil. Me soltou e se dirigiu a cozinha, onde ali pegou seu caderno de receitas. - E então, ja decidiu entre bolo de carne e macarrão com queijo?

- E se a gente fizer um bolo de carne pra acompanhar o macarrão? - Eu sugeri, e ela sorriu, se voltando a dispensa. - E quanto a escola? Hoje foi ótimo! Tirei nota 9 na prova de biologia! - Enquanto falava, peguei meu celular na bolsa e me sentei na bancada em frente a pia. - E como foi no trabalho?

- Que ótimo minha filha! Bem, eu fui promovida! Acho que nós duas merecemos uma recompensa esta noite! Oque acha de vermos um filme? - Ela me olhava enquanto misturava os temperos na carne, logo após colocar a água do macarrão ferver.

- Acho ótimo! Poderíamos terminar de ver jogos vorazes, né? - Comentei, ligando meu celular e procurando na netflix.

Assim a noite se seguiu, cozinhamos em harmonia, jantamos e começamos a ver o filme. Um tempo depois do filme ter começado, alguém bateu na porta de forma um pouco brusca. Minha mãe se levantou e foi atender, assim que abriu a porta seu rosto ficou tão palido como se tivessem a jogado pó de arroz. Assustada com essa reação, me levantei devagar e fui até ela, parando ao seu lado na porta. Assim que me prostrei ao lado da porta, minha mãe foi chutada em direção a cozinha, ela caiu com as costas na bancada da cozinha, meio tonta o desacordada. Eu entrei em desespero e corri até ela, chamando pelo seu nome sem parar. Ela não me respondia, apenas resmungava como se tentasse falar comigo. Eu a abracei e comecei a chorar sem parar, não queria a soltar nunca mais, estava com medo. Ouvi passos pesados vindo em nossa direção, mas não movi um músculo. Uma mão porte agarrou meu ombro e me lançou para o lado, me fazendo cair do outro lado da cozinha.

A última coisa que me lembro de ter visto foi uma visão borrada de uma Soldada forte e parruda atirar na testa da minha mãe. Depois disso, foi tudo um borrão de imagens aleatórias e deconexas. Finalmente senti ser colocada em minha cama, deve ter sido apenas um pesadelo horrível. Tentei abrir os olhos mas fui empedida pela luz ofuscante acima de minha cabeça. Aos poucos, abri os olhos e observei o local confusa e assustada. Eu estava em uma espécie de hospital super tecnológico e esquisito. Haviam macas, todas vazias e arrumadas, com aparelhos desligados ao lado, do outro lado havia uma enorme parede de vidro, onde passavam pessoas com uniformes.... uniformes da SHIELD??!! Oque eucestou fazendo na shield?

Rapidamente me sentei na cama e tentei reorganizar minha mente novamente. Ontem de noite... cozinha, mãe, filme, soldada desconhecida entrando na casa e... Não, não, não....

- Não pode ser real.... - Sussurrei desacreditada. Abracei meu próprio corpo, abaixei a cabeça e comecei a chorar em silêncio, as vezes soltando alguns soluços. - Mãe.... - Chamei com um tom de voz elevado. - MÃE! - Gritei aos prantos, tentando aliviar minha dor.

Fiquei paralisada após o grito, apenas revivendo em minha mente tudo oque havia vivido com a minha mãe. Senti uma mão forte e carinhosa apertar meu ombro com ternura, olhei para o lado e vi um agente da Shield. Ele era alto, moreno e forte, diria até meio parrudo. Seus cabelos eram encaracolados em um tom de castalho escuro, e seus olhos eram como âmbar. Observei seu crachá e ali vi seu nome. Nem precisei o chamar, ele se apresentou primeiro.

- Oi minha querida, eu sou o Ithallo. Tudo bem se eu conversar um pouco com você? Sou o terapeuta daqui, gostaria de tentar lhe fazer sentir-se melhor... - Sua voz era doce, mas ao mesmo tempo firme. Eu balancei a cabeça em um Sim e ele se sentou ao meu lado. Sequei algumas lágrimas com as mãos e ele voltou a falar. - Quero que relaxe e me diga oque sente, me descreva como sente, okay?

- Desespero, tristeza, saudade, arrependimento de não ter feito algo para ajudar... - Respondi e as lágrimas voltaram a cair de meus olhos. - Eu... eu... eu queria ter feito algo para ajudar!! - Disse com um pouco de raiva de mim mesma.

- Hey, Aghata, se acalme, você está segura agora, e sua mãe está descansando agora... - Ithallo abriu os braços e eu o abracei, chorando em seu peito enquanto ele me fazia carinho na cabeça. - Tudo bem chorar, se for seu modo de enfrentar a dor...

Fiquei ali chorando por uns vinte minutos, até sermos interrompidos por uma batida na porta do cômodo hospitalar. Ithallo e eu levantamos a cabeça ao mesmo tempo e vimos a mesma pessoa ao lado da porta.

- Olá Aghata, sinto muito pela sua perda. Sei que não é o melhor momento para isso mas, será que eu poderia lhe fazer algumas perguntas? - Não acreditei no que vi, achava que minha mente estava me pregando peças. Capitão América estava lá, esperando para falar comigo.

Obrigada por lerem ate aqui 💜💜
Espero que tenham gostado tanto quanto eu!!
Ate o próximo capítulo amores sksksks
Compartilhem porfavoorr

Aghata Prett: Agente Da ShieldOnde histórias criam vida. Descubra agora