capítulo 07.

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Paloma 🍓

cheguei na casa da Guerreira e a gente foi pro quarto dela assistir filme, colocamos um de comédia, ela me obrigou a fazer pipoca, e ela pediu uma pizza e um refrigerante pra gente.

Guerreira: tu come em mulher, Deus me livre - fala olhando pra mim pegar mais um pedaço de pizza

Paloma: o futuro é a morte, tenho que aproveitar enquanto sou viva né

Guerreira: maninha tu tem que comer pra sobreviver, e não pra morrer - fala balançando a cabeça em negação

Paloma: agora eu vi, nem comer posso mais - falo e só faz uma cara de deboche e me ignora

Guerreira: e como que tá a vida aqui no morro, tá gostando?

Paloma: ainda é meio cedo pra dizer né, ainda tem pouco tempo que eu estou aqui

Guerreira: cê acha que vai se relacionar com alguém? - pergunta e eu olho pra ela e rio

Paloma: por que cê quer saber em?

Guerreira: ah, não sei curiosidade mesmo - fala tentando disfarçar

Paloma: aham, sei, bom eu quero me relacionar, mas não agora, só quando eu estiver melhor, quando a poeira abaixar um pouco sabe

Guerreira: te entendo mina - fala levantado
Guerreira: quer? - fala me oferecendo um cigarro

Paloma: com certeza né - falo e pego o mesmo
Paloma: não quero mais assistir filme não, põe uma música pra gente aí vai

Guerreira: que música cê quer escutar? - fala soltando a fumaça do cigarro

Paloma: põe poesia acústica 2, eu amo essa música

Guerreira: aí sim, cê tem os mesmos gostos que eu

Paloma: e isso é uma coisa boa né?

Guerreira: com certeza né Loma

Paloma: deu de me chamar por apelido agora foi? - falo rindo

Guerreira: agora não pode mais é?

Paloma: pode oxi, nem tô falando nada - falo dando um trago do meu cigarro e fico ali observando ela cantar

Guerreira: vem comigo, quero te mostrar uma coisa

Paloma: o que?

Guerreira: só vem, que cê vai descobrir - fala e ela me puxa pra fora do quarto, e me leva pra uma escada, que dá na laje da casa

Paloma: caralho, que lindo mano - falo olhando a vista da favela

Guerreira: eu gosto de vir aqui admirar minha favela, e pra fugir do meu estresse diário, é tipo meu esconderijo tá ligada?

Paloma: eu imagino o que cê deve passar, aqui em cima tem uma paz e uma vibe boa.

e a gente ficou ali vendo a favela, em silêncio, mesmo sem falar nada, parece que eu estava no paraíso, eu sentia borboletas no estômago, e por um momento esqueci tudo que eu estava passando.

Guerreira: Paloma? - fala olhando pra mim, e antes que eu responda, ela me beijou, eu fiquei surpresa, mas logo retribui, era um beijo gostoso, lento e com gosto de quero mais, mas eu não podia ceder assim aos charmes dela.

Paloma: o que foi isso? - falo meio confusa

Guerreira: se você se sentiu desconfortável me desculpa, eu queria ter feito isso desde que te vi, eu não consigo me controlar quando você tá perto, parece que meu corpo tem um imã com o seu cara

Paloma: não, eu não me senti desconfortável, mas eu não esperava isso

Guerreira: vamo voltar pro quarto?

Paloma: melhor não, acho melhor eu voltar pra casa

Guerreira: ok, não vou te obrigar a nada, vou te deixar em casa, não vou deixar tu ir sozinha não

Paloma: tá bom Guerreira. - falo indo pra sala, pra esperar ela pegar a chave do carro.

mando mensagem pra Ayla avisando que eu já estou indo pra casa.

Guerreira me deixou em casa, dps eu só tomei banho e apaguei.


CAPÍTULO NÃO REVISADO

MARATONA 1/4

Dona do morro (em andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora