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Marcel sentiu um vento quente passar por ele, o que destoava do clima abafado que havia encontrado desde que pisara os pés naquela cidade

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Marcel sentiu um vento quente passar por ele, o que destoava do clima abafado que havia encontrado desde que pisara os pés naquela cidade. Precisava intensificar sua pesquisa antes que uma possível chuva caísse e atrasasse seu trabalho. Em vez de voltar pelo caminho habitual, decidiu atravessar o chão de terra e passar por trás dos casebres que via de longe. Sentiu uma necessidade de conhecer a cidade, já que desde que chegara só havia percorrido o caminho da padaria para casa e da casa para o mato. Notou como todas as casas possuíam o mesmo estilo de telhas simples com tons de cores que variavam entre o ocre e o vermelho. As portas e janelas estavam fechadas, e não havia ninguém na rua. Nenhuma criança correndo, nenhum cavaleiro maluco ou senhoras esquisitas. Apenas ele.

Continuou a caminhada.

As cortinas da janela da casa verde fecharam-se quando Marcel passou os olhos por ela. Sentia como se estivessem vigiando-o a cada passo, o que acarretava em uma mistura de sentimentos. Considerava-se uma pessoa curiosa. Gostava de tentar entender as coisas, compreender as nuances, o sentido e os "porquês". Em contrapartida, Marcel era precavido. Não se aventurava em fazer algo sem antes pesquisar tudo sobre o lugar, as pessoas, horários das conduções, se possuía um posto médico perto, se havia policiamento, fora os remédios que levava para os variados males que ele poderia encontrar.

Havia uma praça atrás daquela fileira de casas, com bancos de madeira, balanços onde os assentos eram feitos de pneus, um gira-gira de ferro com pontos visíveis de ferrugem e, no centro, uma escultura de pedra diferente de tudo o que havia na cidade. Parecia-lhe errado ter algo tão impressionante em um lugar tão afastado. Cada passo em direção à estátua, fazia Marcel perceber novos detalhes, o que indicava que havia sido feita por mãos muy habilidosas. Em uma rápida análise ocular, constatou que o objeto devia medir um pouco mais de dois metros de altura. Do tronco para cima possuía o aspecto de um homem — estranho, mas ainda homem — sem cabelos, com rachaduras profundas em todo o corpo, braços longos e mãos grandes que eram acompanhadas de dedos pontiagudos como garras. Essa era a metade que Marcel conseguia identificar, pois a outra metade estava escondida em um buraco na lateral de uma árvore. Sentiu o seu coração bater mais forte quando se deu conta de que o artista havia esculpido a árvore que tanto procurava.

No chão, uma placa.

No chão, uma placa

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