Foto do quarto citado no final.
Fui acompanhando ele até o banheiro. Subimos as escadas e chegamos na suíte do meu quarto. Kerem entrou e falou que eu podia ficar do lado de fora, aceitei parcialmente.
Passou cerca de dois minutos e comecei a bater na porta.
— Bora Kerem, deixa eu entrar. — Fico esmurrando a porta, não estou com muita noção da minha força. Talvez o álcool esteja falando mais alto e eu não estou tento controle do meu corpo, tanto que ele teve que me ajudar a subir pelas escadas. Fiquei me apoiando com os braços circulados pelo seu pescoço, as vezes eu escorregava quando meus pés deslizavam pelos degraus.
Passei o caminho todo rindo.
Continuo batendo e batendo, até chuto a porta.
— Kerem, Kerem, Kerem... — Começo a cantarolar seu nome até ele finalmente abrir a porta. — Achei que eu ia ter que arrombar. — Digo entrando dentro do banheiro e me sentando na privada. — O que você estava fazendo para demorar tanto?
— Eu tava enxugando minha camisa. — Diz rindo.
Olho para o tecido branco que tem o desenho de uma bola mais escura. — Mas ela ainda está molhada.
— Você não deixou eu terminar.
— Me dá que eu termino, você é muito lento. — Eu estendo a mão e ele continua parado me olhando. — Kerem me passa essa camisa. — Uso um tom mais firme e ele não hesita em me entregar a blusa. Dou uma leve empurrada nele para eu me aproximar da pia.
— Mas você vai lavar a camisa? Não era para secar? — Pergunta meio confuso. Fico parada tentando absorver a informação e caminho até o secador preso na parede. Escuto sua risada durante toda a minha confusão mental e me viro dando uma língua para ele.
O barulho do secador ecoa pelo ambiente pequeno e vira a melodia desses dez minutos enquanto eu seco sua roupa.
Sinto que estou sendo assistida e mantenho minha concentração na blusa, mas é complicado.
O vapor quente sobe e se junta ao calor do meu corpo — pelo efeito do álcool e dele — fazendo com que eu comece a formar pequenas gotículas de água pelo meu rosto.
Eu tento evitar olhar para o Kerem, mas eu sinto seus olhos em mim e as vezes eu fico fraca, é inevitável ir contra esse impulso que me leva até ele.
Meu corpo está sendo meu maior inimigo e fazendo com que eu olhei por cima dos ombros para espiá-lo.
Sinto meu coração acelerar quando sua íris esverdeada se encontra com os meus olhos. Viro rapidamente para frente e continuo secando a blusa.
Não sei muito bem no que eu estou pensando ou no que está acontecendo, mas acho perdi o controle ou talvez eu nunca tive, não sei.
Eu desligo o aparelho, mas continuo parada.
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As Cartas que eu te deixei
عاطفيةUma viagem repentina para Antalya coloca a modelo, Hande, e o fotógrafo, Kerem, em uma situação fora do comum, mas que acaba criando um laço extremamente forte entre eles. O passado ainda vai ter uma grande impacto no presente e, consequentemente...