Capitulo 4

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Era mais um dia e não tinha planos, pelo que ao fim de uma hora a ponderar sobre o assunto decidi telefonar ao Miguel. Não demorou a atender.

- Estou?

- Olá Miguel... Eu... É a Jess. Lembras-te? Deixaste o teu número gravado no meu telemóvel...

- Jess! Olá! Estava com receio que não ligasses... Então como estás? Desculpas-me aquela noite?

- Estou bem. Desculpo sim, não foi nada de mais, eu é que exagerei. Mas então o nosso café ainda está de pé?

- Está sim senhora! É só dizeres-me quando e onde é que queres miúda.

- Pode ser no Starbucks hoje à tarde? - esta ideia já me deixava nervosa. Estar com um rapaz como ele é um pouco intimidante.

- Pode sim. Ás 16h? Lá estarei.

- Tudo bem. Até logo então.

- Até logo!
...
Passei horas a arranjar-me, entre decidir o que vestir e maquilhar-me. Eram quase 16h, pelo que peguei no carro e pus-me a caminho. Nunca me sentira tão nervosa, só me apetecia voltar atrás e fechar-me em casa.
Cheguei e o Miguel já lá estava, rapaz pontual, mais algo a favor dele.
- Olá -disse-lhe - Posso sentar-me?
- Claro! Olá! Que queres pedir Jess?
- Humm, para mim é um cappuccino.
- Vou ao balcão pedir - ele sorriu-me com simpatia.
Voltou com o meu cappuccino e um granizado moca&côco para ele.
- Obrigada Miguel.
- Nao tens de quê. Então miuda está tudo bem contigo?
- Sim.. E contigo?
- Melhor agora. Então, fala-me de ti, gostava de te conhecer melhor. Achas que posso?
Ri-me um pouco timida, ele era tão amoroso.
- Sim, porque não? - sorri-lhe.
Falámos sobre mim e também sobre ele. Vive sozinho, nunca chegou a conhecer o pai, e a mae abandonou-o pela droga há cerca de 6 anos. Ele é mecânico, os carros são a paixão dele. É solteiro, coisa que me agradou saber... Portanto, pelo que sei dele, é uma pessoa sensata e carinhosa.
...
Depois do café fomos passear um pouco, já estava a escurecer. Estava a gostar de conversar com ele, sentia que era alguém em quem podia confiar. Mas tinha de ir para casa.
- Bem Miguel, estou a gostar de te conhecer, pareces-me boa pessoa. Mas tenho de ir para casa.
- Oh, já? Eu levo-te a casa!
- Nao precisas, trouxe o meu carro. Obrigada.
- É aquele Mini Cooper branco?
- Sim.
- É mesmo a tua cara. Bem, entao nao te prendo mais. Vai lá - para se despedir de mim colocou-me a mão na cintura e beijou-me a testa, fiquei vermelha.
- Sim. Até depois - sorri lhe de volta, super corada e envergonhada, ele fora tão fofo. Fui entao para casa e logo de seguida Leo ligou me. Parece que adivinhava sempre quando eu tinha algo para lhe contar!

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