Edimburgo, Escócia, 1815.
Na penumbra do quarto, uma brisa suave entrava pela grande janela de vidro e balançava as cortinas entreabertas. A noite estava agradável, deitado de lado na cama, usando o braço flexionado para apoiar sua cabeça numa das mãos, o conde Richard se deliciava com uma visão ainda mais agradável: Berta, sua amante exclusiva, toda nua, deitada meia que de costas para ele, na cama de lençóis desarrumados, se recuperava de uma noite de luxúria.
Deliciosa...
Foi o que Richard pensou ao olhar para aquelas nádegas brancas, estender a mão e contornar o seu formato com a ponta do dedo indicador. Ele achava suas nádegas parecidas com duas peras, duas grandes e deliciosas peras. Então, ao sentir o toque familiar do amante, a dama se revirou no leito, com os longos cabelos vermelhos soltos, se enroscando em seu corpo nu.
— Richard... – Ela sussurrou toda lânguida, e o encarou na penumbra.
— Estar cansada? – Ele perguntou, com voz rouca de desejo, ao sentir algo em riste tomando volume e já apontado por baixo da sua roupa íntima.
— Nunca me canso de você, meu senhor... – A mulher agora de lado, mais virada para ele, foi se aconchegando e acariciando seu peito musculoso.
Então, ele a puxou para junto de si com fúria, deu um beijo quente, a ponto de sentir a sua essência mais profunda. Em seguida, se livrou das calças de baixo usadas por ele e a posicionou sentada por cima dele.
— Sem parar! – Ordenou.
Ela obedeceu como sempre, numa mistura de luxúria e submissão.
— Meu senhor, hoje está tão bem disposto! Gosto assim... ainda mais com essa viagem que vai nos separar por alguns dias... – Ela falava com voz ofegante, enquanto subia e descia em movimentos ritmados.
Enquanto isso, Richard, se deliciava com a visão daquela Afrodite de cabelos longos e vermelhos, a quem ele comparava a uma daquelas mulheres daspinturasrenascentistas.Corpo subindo e descendo, seios redondos pulando no ritmo dos movimentos, boca entreaberta, ela em êxtase sussurrava palavras carinhosas em galês e julgava que ele não as entendia. Ele fingia não entender, pois a relação entre eles era puramente carnal e sempre deixou isso claro para ela. Mas com o tempo, desconfiava que ela havia se apaixonado, não confessava, mas o fato dele dizer que não pretendia se casar tão cedo com alguma senhorita casadoura, lhe dava alguma esperança de que tudo entre eles durasse para sempre. Algo que Richard não podia prever e nem prometer.
Não amava Berta, mas era um homem viril e ela lhe dava prazer como ninguém. Sentia necessidade de noites de luxúria e prazer, mas preferia ter uma amante fixa. Não gostava de bordéis, tinha receio de algumas doenças, como a sífilis, que alguns chamavam de doença francesa. Além de estar mais de acordo em sua posição social, manter uma amante assim num discreto chalé, como tantos outros iguais a ele faziam. Provavelmente um dia se casaria ao menos para ter um herdeiro, a sua irmã mais velha, Emily, já até havia insinuado que estava passando da hora....
— Meu senhor, Cariad. – Ela gritou ao atingir o clímax e Richard a puxou para si, a envolvendo em seus braços fortes, onde seu corpo aninhando se estremecia protegido. Em questão de segundos ele foi junto e ambos suados atingiram o ápice do prazer praticamente juntos...
Então, quando ele se recompôs...
— Ouça, preciso viajar para resolver alguns problemas em meu condado, não desejo demorar mais que dois dias, mas deixarei dinheiro para as despesas de sempre e alguma emergência.
Ela exausta apenas, concordou com a cabeça, antes de repousar-lá em seu ombro e ficar alguns minutos abraçados. Após isso, ele se vestiu, se despediu e saiu, como de costume.
No caminho para a mansão Crampton, Richard, ficou a pensar na sua vida. Não era um santo, mas também não se considerava um libertino, daqueles ao ponto de arruinar donzelas e ter aventuras com mulheres casadas. Preferia uma discreta viúva, uma cortesã exclusiva discreta, assim não lhe doía a consciência e nem seus princípios. Afinal, era o responsável por duas irmãs solteiras e não se sentia bem em fazer com as senhoritas, nada do que não gostaria que fizessem com suas irmãs donzelas em idade de se casar.
Richard nos últimos tempos vinha pensando sobre a sua vida, não pensava em casar tão cedo, mas existia sim a necessidade de um herdeiro. Porém, será que essa falta de entusiasmo pelo casamento, era porque ainda não havia encontrado uma jovem que mexessem com seu coração? Enquanto isso, devido a sua virilidade, seu temperamento quente, vinha a quase dois anos mantendo aquela ligação com Berta. Mas, que deixava claro que um dia seria rompida, não a amava e sim o prazer que ela lhe proporciona, além da sua beleza física.
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Uma Nova Condessa ( Degustação: Os Cramptons- 02 )
RomanceEdimburgo, Escócia, 1815: Richard Crampton, conde de Shurtland, jovem, rico, bonito, não pensava em se casar tão cedo. Apesar de saber que um dia precisaria de um herdeiro para o título. Contudo, não contava com um acordo de cavalheiros que havia fe...