Cheguei ao clã dos Hyuugas com o coração aos pulos, temia a reação de Hiashi-sama, quando soubesse do estado de Hinata e do nosso plano de nos casarmos. Todavia, eu não podia fraquejar e nem voltar atrás com minha palavra. Precisava enfrentá-lo, se eu quisesse viver um amor verdadeiro com Hinata e reconquistá-la.
Era necessário fazer tudo certinho, da forma que deveria ter sido desde o início.
Pedi para falar com o líder do clã e aguardei, Hinata estava com Hanabi e logo viria me encontrar. Contrariando o que eu imaginava, não demorou muito e Ko-san informou que eu poderia entrar, me guiando até onde Hiashi-sama estava.
E, precisava confessar, minhas pernas tremiam feito vara verde. Nem na guerra eu tive tanto receio, principalmente por Hinata estar grávida. Eu sabia que Hiashi era rígido na educação das filhas e, sobretudo, sobre as tradições e leis do clã Hyuuga. Por isso mesmo, temia ter estragado tudo, enfiando o carro na frente dos bois, se é que me entendem. Todavia, a atitude do pai de Hinata, sem dúvidas foi exatamente a que eu esperava.
— Você engravidou minha filha em uma missão? Que tipo de canalha é você? Aliás, como pretende casar com ela, se Hinata sequer lembra que você existe? - Hiashi esbravejou como um trovão, assim que relatei todo o ocorrido e minha pretensão de me casar com Hinata o mais rápido possível.
Com o Byakugan ativo, ele já vinha para cima de mim. Que consegui me esquivar, ficando na defensiva, não queria lutar. Somente expor meus sentimentos e meu plano de me casar.
— Ela está começando a se lembrar! - argumentei, apelando para o bom senso de Hiashi.
— Não me diga? - retrucou um tanto irônico.
— Sim, por isso estou aqui, eu pretendo reparar meu erro. - coloquei um dos joelhos no chão e abaixei a cabeça, em sinal de respeito.
Os demais guardas do clã já surgiam, devido ao tom de voz acalorado de seu líder.
— Eu não vou aceitar um bastardo como neto... - vociferou e veio em minha direção. - Jamais, você desonrou minha filha, não é digno de respeito.
— Papai! - Hinata entrava aos prantos na pequena sala.
Olhei de relance para o amor da minha vida e notei que carregava o mesmo cachecol vermelho. Não só isso, ela chorava agarrada a ele.
— Eu amo o Naruto-kun. - declarou parando em frente ao pai. - Sempre amei, por toda a minha vida, eu que o seduzi, Naruto não queria avançar o sinal. - explicou e Hanabi se prostrou ao lado da irmã. - Eu lembro de tudo agora...
Meu coração quase parou. Ela se lembrava?
— Lembra? - Hiashi titubeou e desativou o Byakugan.
— Lembro. - concluiu, abraçando o cachecol ainda mais forte. Na sequência, ela veio até mim, me pegando pela mão. - É pra você. - e me entregou o cachecol, que já estava molhado de suas lágrimas.
— Pra mim? - indaguei emocionado.
— Sim, Naruto-kun. - afirmou sorrindo em meio às lágrimas. - Eu fiz esse cachecol para demonstrar meu amor, até levei comigo durante a última missão que fizemos, mas jamais tive coragem de te entregar...
Sem nem perceber, também já estava chorando.
— Obrigado, hime. - toquei seu rosto gentilmente. - Eu vou guardá-lo com todo meu amor.
Ela se jogou em meus braços.
— Naruto-kun... Eu te amo.
Eu sorri e beijei o topo de sua cabeça, por cima dos fios escuros.

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A missão
FanfictionUma missão em dupla, sentimentos confessados e um ninjutsu praticamente extinto. Mas, que colocou em xeque a breve felicidade de Naruto e Hinata. Fanfic repostada.