Mudam

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As pessoas mudam demais.
Mudam o corte e a cor do cabelo.
Mudam seu estilo do dia a dia.
Seu gosto musical para o cotidiano.
Fazem de 300 filmes os seus favoritos.
Amadurecem ideias, vivas ou antigas.
Recriam discussões até que as vençam.
Riem de palavras ditas da boca pra fora lá no começo da adolescência.

Ódio vira perdão.
Perdão vira arrepedimento.
Arrependimento vira cicatriz.
Cicatriz vira lição.

O que não muda é o amor.
Eu me refiro ao real e incompreendido sentimento que tentamos simplificar.

Quando a singela lembrança do toque de alguém causa calafrios ao pé da nuca.

Quando as histórias com este alguém parecem ser infinitas assim como os sorrisos bobos enquanto as revivemos.

Aquele sentimento atemporal.
Que seja na quadra da escola do bairro, na calçada de casa, na pracinha a alguns metros, no quarto de um velho melhor amigo.

É sempre verdadeiro.

Sentimento que não muda
Mas que se soma e multiplica.
Que aos 11, 17 ou 34 ainda vai te fazer sorrir e se questionar "como será que ele está?".
E numa noite, vai sentir no peito um conforto te dizendo " Eu estou bem".

Você irá sorrir e abraçar essa pessoa pois, olha só, quem finalmente ficou!

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