Prédio Ametista

Linhas que teci

É que faz tempo que tu me ligou,
Faz tempo que não ouço sua voz,
Faz tempo que não tenho paz.

Eu fiquei aqui a procurar motivos,
Motivos para justificar a tua falta.
Agora entendo que o culpado sou eu,
As imaturas ações e dizeres.

Eu peço perdão

Não vou pedir para você ficar,
Mas se quiser eu nem vou reclamar;
Mas se quiser eu posso até mudar;
Mas se quiser eu posso até partir.

E dentre a coragem de dizer que por ti sou capaz de partir, no fundo,
Meu coração só quer gritar que,
Eu te amo demais.

Mesmo que por mim,
Tudo o que faço,
Tudo o que escrevo,
Tudo o que leio,
Tudo o que desejo,
Leva um pouco de você.

Acalme-se,
Esta longe de ser minha última carta de amor.

Vem, me deixa descobrir o amor
Nessa tua boca pequena.
Descobrir os segredos do mundo
Nesse sorriso lindo que tu ostenta.

Não é impossível ser feliz sozinho,
Mas é tão melhor ser feliz contigo.

Ainda quero ter a cópia da chave,
O templo nem precisa ser de mármore,
E nem ter árvore pra escalar,
Mas ainda vamos dançar na chuva.

Sem mais juras feitas após morte ou cárcere
Observe as linhas que teci,
As mudanças que aderi,
Os pensamentos que desfiz,
As palavras que proferi,
Pra não investir em mais despedidas.

E não é pedindo pra você ficar, não é.
Mas se quiser, eu nem vou reclamar.

Eu te amo demais