Prédio Ametista

Azul

O amor é uma boa rima,
Como um queijo e um Rato,
Uma criança e seu amigo de pelúcia.

O amor é inconstante,
Ele pode urrar ao amanhecer
E se amedrontar quando a noite caí.

Ele é como um recém nascido,
Depende de nós para viver.
Do cuidado e carinho,
Do afeto e compreensão.

Um fruto que quando maduro,
Busca mais que baladas e bebidas,
Além dos prazeres temporários.

O amor buscar um abraço quente,
Um segundo travesseiro,
Um par de braços-cobertor,
Um beijo quente na testa.

Sem restaurantes caros,
Mas uma água de coco num quiosque da praia e um pastel quentinho.
Um piquenique no bosque Laurissilva.
Caminhada pelo quebra-mar.

O amor pode ser simples,
Um tempo escorados no outro
Observando o teto branco da sala
Falando nada com nada.

O amor é abstrato.

E para você?

Para mim?
O amor é uma mulher,
De cabelos alanrajados
Num belo vestido azul.

Com suas curvas marcadas
E o sorriso contrastado
Em seu tom royal.

Mostrando que de fato,
Azul é cor mais quente.