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> Sina Deinert <

O rapaz em segundos pareceu ter
uma expressão ilegível, até ela mudar
drasticamente para surpresa e um
tanto de, medo?

Ele em questão de segundos estava
pálido e piscava várias vezes tentando processar o que Alex havia dito.

Noah por sua vez havia ficado
paralisado.

Até eu o chamar.

Ele apenas olhou em minha direção e
umideceu os seus lábios nervoso.

Simplesmente desviou o olhar e
caminhou até o corredor sem dizer
absolutamente nada.

A sala estava em completo silêncio,
olhei para Alex que se encontrava
olhando para um canto qualquer da
sala com as mãos no abdômen.

Bailey e Josh voltaram para a cozinha
sem dizer mais nada.

Todos pareciam abalados com o que Alex disse, principalmente Noah

Caminhei até o moreno que desviou
seus olhos de um ponto qualquer para acompanhar meus movimentos até o mesmo.

Assim que me agacho á sua frente,
apenas sendo observada pelo rapaz
que me olhava curioso.

- O que está fazendo? - pergunta
finalmente.

- Eu vou te ajudar a cuidar disso. -
digo levando as mãos até a camisa do
rapaz que me para segurando meu
pulso.

- Eu sei fazer isso sozinho. - responde
rudemente. Reviro os olhos.

- Eu estou tentando te ajudar, mesmo
que você não queira isso Alex. - digo me levantando, em seguida
caminhando até o banheiro do
corredor e pegando uma caixa de
primeiros socorros que havia no
armário do banheiro

Assim que saio do banheiro, olho para o quarto de Noah, no momento a porta está fechada.

Mas consigo ouvir barulhos de coisas
quebrarem-se de dentro.

Me viro preocupada e volto a andar
até a sala.

Porque essa notícia está o deixando
assim?

Assim que encontro Alex no sofá
novamente, o rapaz está com a
expressão mais calma, e agora seguia
meus passos até ele.

Assim que vou até mesmo e ponho a
caixa na mesa de centro, o rapaz me
chama e eu o olho rapidamente.

- Acho que você precisa ajudar ele,
não eu. - diz do nada.

- Como? Ele está quebrando coisas
trancado naquele quarto. - digo
pegando o algodão da caixa.

Me aproximo do rapaz que me para,
pegando meu pulso.

- Essas feridas aqui, eu posso curar
sozinho, mas talvez as dele, só você
possa curar. - Alex diz seriamente segurando em meu pulso.

Assim que ele solta meu pulso eu me
levanto e me distancio lentamente,
estranhando Alex.

- Vá cuidar das feridas internas dele,
Sina. - Alex diz antes que eu vá
até o corredor.

Sigo lentamente até a última porta,
conhecida por todos como, o quarto de Noah.

Não ouço mais barulhos de coisas
quebrando.

Talvez eu estaria mais relaxada se
ainda estivesse ouvindo barulho de
coisas quebrando, e não um silêncio
torturante.

Bato na porta.

- Quem é, caralho? - a sua voz soa rude e frustrada.

- Noah, sou eu... Posso entrar? - peço
um pouco exitante.

Um silêncio novamente.

- Entra.

Abro a porta lentamente, entrando no
local.

O quarto se encontra bagunçado
demais, há vários cacos de vidro, creio eu de perfumes, e o forte cheiro deles, há também quadros estilhaçados no chão.

O rapaz se encontra sentado em sua
cama com a cabeça baixa, curvado
e suas mãos estão entre seus fios de
cabelos.

Caminho lentamente até o rapaz e
levo minhas mãos para toca-lo, ainda
exitante.

Assim que toco em seu ombro, sou
surpreendida pelos braços do rapaz
me puxarem para ele e envolverem
minha cintura em um abraço.

Ele estava me abraçando.

Retribuo o afeto levando uma de
minhas mãos até seus cabelos, agora mais bagunçados que o normal
e acariciando-os.

Depois de minutos apenas assim.
Resolvo finalmente falar.

- O que o deixa tão ruim assim?

Pensei que o mesmo não iria
responder, mas ele solta um suspiro
pesado antes de começar.

- Aquele homem destruiu minha vida.
- sua voz estava falha. - ele acabou
comigo de todas as formas, esmagou
minha infância e destruiu minha
família.

- Quem é aquele homem? - pergunto
baixo.

- Meu pai. - sua voz saia baixa e falha,
como se ele estivesse a ponto de
chorar, ou apenas se controlando para não surtar novamente. - ele acabou comigo Sina.

- O que ele fez? - pergunto ainda
acariciando seus cabelos.

- Desde quando eu me entendo por
gente, ele me atormenta. Mas tudo
piorou quando eu fiz 7 anos. - ele
estava contando sua história pra
mim? Estava se abrindo comigo. - ele
antes só me xingava e dizia que eu
não fazia nada direito, mas quando
completei 7 anos ele me espancou,
disse que era meu presente de
aniversário. Minha mãe tentava faze-lo parar, mas ele batia nela também.
Desde então não foi diferente, ele
chegava e me torturava dizendo que
eu não era o filho que ele queria, e
me espancava. Eu era apenas uma
criança Sina! Eu só tinha 7 anos! - sinto minha barriga molhar e percebo que ele estava chorando. -
minha mãe cuidava de mim e chorava todas as vezes que cuidava dos meus ferimentos, ela chorava, mas dizia que iria passar e que não estava chorando.

O quarto ficou em total silêncio por
uns minutos, mas logo Noah voltou a
falar.

- Me lembro de que ele trancava
minha mãe no quarto de Linsey para
que a mesma não viesse tentar me
proteger. Eu o odiava com todas as
minhas forças, ainda o odeio. - ele
dizia tudo como se estivesse soltando
um nó da garganta, dizia tudo com
tristeza e ódio, misturados. - Ele me
obrigou a aprender a atirar, a matar
pessoas, a fazer seu trabalho sujo
na gangue, fiz coisas horríveis! E
eu fui crescendo e por suas costas
eu consegui criar a minha própria
gangue, sai de casa e morei com Alex até fazer 17 anos, e me mudar
para um apartamento com Clara,
aquela garota que eu confiava desde
criança, que no final, foi embora
com meu pai poucos dias antes do
casamento. Me mudei para cá e então
nunca mais vi aquele homem. Até
receber essa notícia.

Meus olhos já se encontravam
marejados e Noah suspirava
pesadamente antes de separar o
abraço e se deitar na cama.

Observo o rapaz, até o mesmo
me olhar e bater ao seu lado me
chamando para deitar com ele.

Deito no peito de Noah.

- Apenas fique aqui comigo Sina.

Nada a dizer sobre esse capítulo

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Bjss até amanhã

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