— Baji-san! eu-— Sem desculpas, Chifuyu. — Baji o interrompe. O garoto obedece, ali eles permanecem, quietos até um certo tempo. Baji logo é chamado por uma das enfermeiras, ele deveria sair. Chifuyu pede para deixá-lo ali, mas não é oque acontece. Baji dá um grande e quente abraço no garoto e se despede. Amanhã eles se verão novamente. Baji está pensando em trazer um Peyang Yakisoba, ainda está meio cedo, então ele aproveita e encosta em uma loja de inconveniência. Quando abre a porta de vidro, faz um barulhinho que irrita Baji, mas ele segue em frente. Ele vê em uma das prateleiras uma caixa de chocolate. Apesar de ser estranho. Ele pega a caixinha e a contorna com todo o olhar. Talvez ele goste? Baji se pergunta. Mas ele vai até o caixa e põe ali aquela caixinha.
— Vou levar. — Diz Baji, virando o olhar para o relógio de ponteiro ao lado direito.
Depois de sua saída, ele começa a encarar as únicas pessoas que ainda estão na rua. Chifuyu está voltando a se sentir mais forte, por mais que sua febre aumente irregularmente. Baji não vê a hora de Chifuyu logo receber alta. Parece que finalmente havia aberto um novo restaurante em Tokyo. A inauguração foi feita a duas semanas, quase três. O restaurante fica a duas quadras após o hospital, Chifuyu acabou ouvindo boatos sobre e veio a falar com Baji, e ainda o ofereceu um breve convite para irem juntos. Mas foi até tudo acontecer. Baji espera ansiosamente para que possam ir juntos, quem sabe, até com todos da Toman. (Por mais que ele realmente queira apenas um encontro a sós com o namorado.)Baji finalmente chega até o prédio onde mora. Ele vai em linha reta, subindo as escadas, invés do elevador. Enquanto vai passando pelo segundo andar, ele para a frente do apartamento de Chifuyu. Lembra de quase todas as vezes que esperava mais de quinze minutos parado ali em frente enquanto Chifuyu fazia seu moicano antes de irem juntos até a escola. Mas não durou mais tantos anos, Chifuyu desistiu de gastar quase toda sua mesada em tantos potes de gel invés de coisas de que ele realmente gostaria de ter. Baji também não poderia o zoar: ele passava meia hora deixando o cabelo grudado com gel sem nenhum fio para fora, mesmo também antes de ir a escola. Sua mãe ficou feliz que ele havia feito mais um amigo, ainda mais que os dois moravam no mesmo prédio.
Baji dá um sorrisinho e segue a diante. Quando vai chegando perto do apartamento onde mora com a mãe, ele sente um cheiro meio conhecido. Ele bate duas vezes, uma pausa, ele bate novamente. Sua mãe abre a porta, ela está usando uma touca azul e um avental averdeado.
— Oque é isso? — Baji abaixa um pouco a cabeça, franzindo o cenho.
— Fiz sopa, uma das suas favoritas. — A mais velha sorri na fala. — Vem comer, Kei. — Ela se vira de costas e volta até uma panela que está no fogo alto. Baji retira seus sapatos e os deixa na entrada, deixando os pés apenas cobertos por suas meias. Ele se senta na mesa de jantar, apoia a cabeça em uma das mãos.
— Aliás, posso guardar um pouco dessa sopa? — Baji bate o dedo indicador sem força na mesa. Sua mãe demora um pouco pra responder.
— Bem...? sim. Mas talvez fique fria. — Afirma ela. — Mas, pra quê? você pode tomar agora, Keisuke.
— Não é pra mim. É para o Chifuyu. — Baji se esconde entre os braços.
— Ah. Claro. Mas lembre-se de esquentar. Fale a ele que mandei um abraço e melhoras. — Baji revira os olhos ao ouvir.
{...}
Baji acordara cedo. Mas agora já são 8:21. Ele se atrasou tentando procurar uma roupa decente, no critério de sua mãe.
— Mãe, tá aqui. — Baji sai de seu quarto, a cara emburrada. Sua mãe está sentada no sofá a sua frente, esperando para o avaliar. Baji está usando uma calça jeans preta, que parece ser meio apertada. Uma blusa moletom bem folgada, por baixo, ele usa uma regata branca, oque dá um certo destaque.