01| o começo de tudo

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01| O COMEÇO DE TUDO

DE DUAS COISAS ANGELINE FREEMAN TINHA CERTEZA. Primeira, ela era denominação de amaldiçoada. Porque? Bem, tudo começou quando ela tinha dez anos, e isso custou a vida de sua família — a mesma que não parecia ciente do que a garota carregava com si mesmaela nunca fora uma criança normal, ela ia de orfanato a orfanato, de lar em lar e todos abriram mão da garota, até tentarem mandá-la a um manicômio após objetos ao seu redor começar flutuar, mas a intervenção dela ao manicômio não aconteceu, já que naquele mesmo dia, o orfanato ardeu em chamas. Angeline se viu correndo pela floresta que tinha ao redor do antigo casarão, uma criança, de doze anos correndo perdida pela densa e escura floresta durante dois dias — ela já não aguentava mais — se via cansada, com fome, e necessitando de um bom banho.

Angeline era uma garota de dar inveja as outras, apesar de ter doze anos, a jovem tinha uma beleza inumana.
Longos cabelos castanhos escuros, maçãs do rosto rosadas, lábios carnudos, mas nem tanto. Olhos azuis escuros, com as crateras nos glóbulos oculares brilhantes em um tom quase que violeta. Seu corpo ainda estava em desenvolvimento, mas podia ver a delicadeza de um anjo sendo esculpido ali — pelo menos, aos olhos da vampira loira — a mesma que observava de longe sua companheira com fascínio e curiosidade.

Em mais de mil e duzentos anos, Jane nunca imaginou que encontraria sua companheira, muito menos imaginou que a mesma estaria em um estado deplorável para uma criatura tão adorável na perfeita visão da vampira.
Jane achava que a garota era o próprio éden, mas como era possível — Deus nunca daria tal divindade para um monstro com ela — ela não era merecedora. A vampira nem ao menos percebeu, que sua postura e sua expressão fria e calculista tinha se transformado em uma cheia de compaixão e cuidado. Mas como era possível, como uma criatura dessas, tão frágil e tão humana poderia moldar um ser cruel e sádico em apenas alguns segundos. Seu irmão não deixou de olhar para a mesma com curiosidade, afinal, ele nunca tinha visto sua irmã tão impotente. Porque sim, aquilo era impotência da parte de Jane Volturi.

— Irmã? — a loira ouviu o chamado de seu irmão, de forma interrogativa. Afinal, não era todo dia que se via sua irmã conhecendo sua companheira, sendo a mesma uma criança elemental. — Não, deixe-a. Deixe-a inconsciente e vamos levá-la ao castelo. — a voz dela soou baixa. Logo a criança começou a se assustar com uma nevoa preta que a cercou rapidamente. Sua visão, assim como seus outros sentidos foram sumindo, a deixando ainda mais apavorada. Quando a mesma já se mantia a mercê do dom paralisando do encantador de sombras, a vampira pegou a mais nova em seus braços e em questão de segundos ela junto de seus companheiros de viagem começaram a correr rumo a Volterra. A vampira nem se dignou a parar e admirar a beleza da humana em seus braços, afinal, ela teria a eternidade para fazer.


















































































AS GRANDES PORTAS DUPLAS DA SALA DOS TRONOS se abriram quando o quarteto voltou de uma missão, cujo seguiu caminho diferente no final da mesma. Os três reis olharam com curiosidade — menos o mestre loiro — esse já formava uma caranga em seu rosto ao visualizar a garota desmaiada nos braços agora de Félix. A vampira nem abriu a boca, apenas estendeu sua mão para o rei de cabelos negros para que o mesmo visse tudo de segunda mão. Obviamente o fascínio foi a primeira coisa a aparecer após a expressão confusa, olhando a criança desacordada com orgulho e soberba. Mais uma joia para a sua coleção, ainda mais ela tendo motivos o suficiente para nunca mais ir embora. Ao tocar na  mão da humana, ele pode ver tudo, tudo que passou em seus apenas doze anos de idade. Pobrezinha... nem imagina do poder que tem em mãos, mas Aro Volturi sim, e abril um sorriso perverso enquanto se afastava.

𝐄𝐋𝐄𝐌𝐄𝐍𝐓𝐀𝐋 「𝐣𝐚𝐧𝐞 𝐯𝐨𝐥𝐭𝐮𝐫𝐢」Onde histórias criam vida. Descubra agora