Capítulo Quatro - Um Brinde À Chicago

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— Nova Orleans? Uau! — Joe Cruz parecia impressionado, já havia ouvido muitas histórias sobre a cidade natal de Mia, mas jamais havia conhecido alguém de lá.

— O que? — ela perguntou, rindo de uma forma que não fazia há muito tempo.

— É uma mudança e tanto, qual a história? — Kelly Severide bebeu um gole de sua cerveja e focou os olhos azuis no rosto de Mia, que corou levemente. Ele era extremamente bonito, quase de uma forma surreal.

— Minha mãe morreu e meu pai é um babaca, podemos não falar sobre isso? — Mia fez um beicinho, tentando encerrar o assunto de uma forma sutil. Cruz e Severide apenas levantaram as mãos em sinal de rendição, mostrando que não perguntariam mais sobre aquele assunto.

— Um brinde à Chicago, então. — Severide bateu sua garrafa na de Mia, bem como ela fez na garrafa de Cruz. Os três sorriram abertamente, como se fossem amigos há anos, e Mia sentiu como se pudesse viver naquele momento para sempre.

— Dizem que as mulheres de Nova Orleans são bruxas. — Otis afirmou, parado do outro lado do balcão, encarando Mia de soslaio. A ruiva não conseguiu conter uma gargalhada, achando o bombeiro fofo.

— Ninguém diz isso, Otis! — Cruz exclamou, indignado. Ainda rindo, Mia sentiu seus olhos serem tampados por um par de mãos masculinas.

— Se você começar a me trocar por esses bombeiros nós vamos ter um conflito no nosso relacionamento. — o sorriso dela se alargou ao reconhecer a voz de Kevin Atwater. Ela virou o corpo na direção do homem, que lhe ofereceu um largo sorriso antes de puxá-la para um abraço que Mia gostava de denominar como "de urso". Kevin era muitos centímetros mais alto que Mia, além de muito forte, era como se fosse uma fortaleza em forma de amigo.

— Eu jamais trocaria você, grandão. — Kevin depositou um beijo no cabelo de Mia, que sorriu ao se afastar dele e piscou, bebendo o último gole de sua cerveja. — E o Toni?

— Ficou no Distrito, sabe, foi um dia cheio. — ele fez uma careta e se sentou ao lado da jovem, liberando seu campo de visão e a permitindo encontrar o olhar de Adam Ruzek.

— Ei, oficial. — Mia sorriu na direção de Adam, levantando a garrafinha de cerveja como se o cumprimentasse. Ele havia sido simpático com ela na última vez que se encontraram, não havia motivo para não retribuir a gentileza. Em resposta, o policial sorriu e piscou, trazendo novamente aquela sensação inquietante que Mia sentia em sua presença.

— Posso me juntar a vocês? — o loiro se sentou quando Mia apenas assentiu positivamente.

— Boa sorte para lidar com esses marmanjos. — Gabby Dawson disse, piscando para Mia e servindo o grupo. Mia apenas riu, sentindo-se em casa. Não conhecia bem o oficial Ruzek, mas por algum motivo se sentia segura ao lado dele, e não apenas dele, mas também dos outros presentes.

— O que você acha, Mia? — Cruz perguntou, tirando a ruiva de seus devaneios. Ela o encarou confusa, demonstrando que não estava prestando atenção no que eles diziam. — Bombeiros são mais legais que policiais, né?

— Me tira dessa! — exclamou antes de se ver em uma saia justa, bebendo um gole de sua cerveja. Seu olhar se encontrou com o de Ruzek, que a observava enquanto bebia de sua própria garrafa, e Mia corou, fazendo o policial abaixar um pouco o olhar e sorrir levemente.

— Acho que ele gosta de você. — sussurrou Gabby quando Mia desviou seu olhar do policial e apoiou os braços no balcão. Ela encarou a morena com as sobrancelhas franzidas. — Ele. — Dawson meneou a cabeça discretamente na direção de Ruzek.

— Não, que nada. — Mia encarou o balcão como se ele fosse a coisa mais interessante do mundo, sentindo suas bochechas esquentarem. — Provavelmente só está "de olho na informante". Os policiais tendem a fazer isso quando estão no mesmo ambiente que eu. — Mia olhou na direção dos detetives Jay Halstead e Erin Lindsay, voltando sua atenção para Gabriela em seguida.

Em Nome Da Liberdade {ONE CHICAGO - LIVRO UM}Onde histórias criam vida. Descubra agora