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Laura

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Laura.

Pela tarde começamos a nos organizar para sair. Fomos até algumas lojas para comprar algo para mim, segundo ela, minhas roupas não condizem com a minha idade, no início eu não queria ir, acabei de sair de casa e não gostaria que as pessoas achassem que eu estou aproveitando tudo isso, e tinha também a questão do dinheiro, eu já não tinha muito e agora terei que lidar com a vida sozinha. Não quero gastar o dinheiro que não tenho. Mas depois de pensar que eu precisava esquecer tudo o que vivi na noite passada, e o meio que me pareceu certo foi esse.

Compramos vestidos deslumbrantes, curtos e sexy. Vimos sapatos de salto alto, maquiagens e bolsas também. Vimos e compramos tudo o que podíamos. E no início da noite iniciamos a produção. Enquanto me maquiava no banheiro, perguntei aonde iríamos.

— Ah... Margo? Onde é mesmo que você vai nos levar?

— Em um barzinho com musica ao vivo. É bom e cabe no nosso orçamento.

Termino a maquiagem e me olho no espelho, incrível como alguns produtos simples podem esconder as nossas marcas. Minhas olheiras da noite passada foram todas encobertas, ninguém é capaz de dizer que chorei, a menos que olhe para os meus olhos, estes sim, não são capazes de encobrir nada. Saio do banheiro e volto para o quarto, onde Margo já está pronto.

— E então, pronta?

— Acho que sim.

— Você está deslumbrante. Parece a mulher que merece ser. Se não fosse minha amiga, te daria uma chance. Mas você sabe da minha regra.

— É claro que sei e sei também que você está brincando.

Ela me dá um sorriso e vamos em direção a sala. Passo pelo meu celular e penso em ligá-lo, mas logo desisto. Não quero que estraguem a minha noite, provavelmente meus pais e o Andrew devem ter me ligado mil vezes. E agora não sei lidar com eles, meus pais irão ficar frustrados e o Andrew... só consigo pensar em como ele é um traidor. Em como não soube me respeitar. Em como fez isso bem debaixo do nosso lar, da nossa casa.

Me assusto com a Margo já na porta me chamando, deixo o celular para trás e vou em direção a saida de casa, pego minha bolsa no sofá e passo pela minha amiga, que fecha a porta e se dirige para a saida também. Achamos um táxi e fomos até o local que ela escolheu para nós. Descobri que o restaurante ficava no local mais caro de New York, eu não tenho condições de pagar nada aqui.

— Margo... acho que você deu o endereço errado, é impossível que alguma coisa aqui caiba no nosso orçamento.

— Relaxa. Vai dar tudo certo.

— Mas... — começo a falar, mas não termino. É impossível discutir com ela.

Saltamos do carro na frente do barzinho que em nada se parecia modesto.
Nos sentamos e não demora muito para alguns garotos com cara de mais novos se oferecendo para nos pagar bebidas. Olhei para ela que já estava conversando com eles. Me levanto e vou para o lado oposto do  para dar privacidade a eles. Vou para o canto do balcão, peço uma bebida para o barman, que me entrega, segundo ele, o melhor da casa.

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