As luzes de Las Vegas piscavam incansavelmente, como um coração pulsante que nunca descansava. A cidade, com suas luzes neon e sons incessantes, era o palco perfeito para aqueles que queriam se esconder à vista de todos. Em meio ao caos de ruas cheias de turistas e jogadores, Layla caminhava em silêncio, agora com dezoito anos, ainda carregando a pureza e a simplicidade que a acompanhavam desde a infância.
Seu cabelo, que antes era cortado em um estilo infantil, agora era longo e ondulado. Ela gostava de prendê-lo em uma simples fita, o que realçava sua aparência naturalmente suave. Seus olhos castanhos, grandes e curiosos, ainda exibiam uma inocência que contrastava com o mundo ao seu redor. Apesar de estar mais velha, o espírito de Layla permanecia puro, distante das complexidades da malícia que permeava Las Vegas.
Layla trabalhava em um café perto da universidade, e seus dias eram rotineiros, preenchidos por pequenos gestos gentis e sonhos silenciosos. À noite, sozinha em seu pequeno apartamento, ela pintava, criando imagens que refletiam sua visão simples e gentil do mundo. Contudo, algo a perturbava. Havia um vazio em seu coração que ela não conseguia preencher, uma sensação de que faltava algo ou alguém.
Naquela noite, enquanto voltava para casa após seu turno, Layla parou em uma praça iluminada pelas luzes fracas dos postes. Sentou-se em um dos bancos, seus dedos delicadamente tocando o pingente em seu pescoço. Um presente de infância que ela nunca soubera de onde viera, mas que, de alguma forma, trazia conforto. Ela suspirou, sua mente pura vagando entre pensamentos inocentes, incapaz de compreender a sombra que a seguia há tanto tempo.
— Layla...
A voz cortou o silêncio como uma brisa suave. Familiar, mas distante. Sua respiração se prendeu, seus olhos se arregalaram, e por um momento, seu coração disparou. Ela olhou ao redor, confusa e um tanto amedrontada. Quem a chamava?
— Quem... quem está aí? — Sua voz saiu baixa e hesitante, refletindo a doçura natural de sua personalidade. Havia uma vulnerabilidade palpável nela, como uma criança perdida, mas confiando que o mundo não lhe faria mal.
— Há muito tempo, minha cara... — A voz grave e sedutora encheu o ar ao redor dela, envolvendo-a em uma sensação que a fez estremecer, mas não de medo. Era uma presença que parecia ao mesmo tempo familiar e desconhecida.
Jungkook apareceu das sombras, emergindo com uma aura de perigo que imediatamente contrastava com a pureza de Layla. Ele era uma figura sombria, seus olhos vermelhos cintilando com uma intensidade que parecia devorar a inocência ao seu redor. Seus longos cabelos negros caíam desordenadamente sobre seus ombros, e suas tatuagens escuras se destacavam sob a luz da praça. Ele era o próprio caos encarnado, um ser de trevas em sua forma mais sedutora.
Layla sentiu o sangue correr para seu rosto. Algo dentro dela reagiu à presença dele, algo que ela não compreendia. — Você... é real? — Sua voz tremeu de surpresa, seus olhos brilhando de forma inocente, sem malícia, sem entender completamente a profundidade do que estava acontecendo.
— Oh, Layla... eu sempre fui real. Nunca fui apenas uma sombra na sua mente. Eu sou muito mais do que isso. — Sua voz era um sussurro sedutor, seus olhos escurecendo ainda mais enquanto ele se aproximava lentamente, como um predador analisando sua presa. Ele observava cada pequeno movimento dela, cada respiração trêmula, e era impossível não notar o quanto a pureza dela o fascinava, o quanto aquele espírito intocado o excitava.
A maneira como Layla o olhava, confusa e vulnerável, fazia algo dentro dele queimar. Era uma sensação estranha para Jungkook, que raramente sentia algo além de poder e controle. Mas com ela, era diferente. Cada traço de sua pureza o provocava, cada gesto inocente o atraía mais profundamente para a escuridão de seus próprios desejos.
— Por que você está aqui agora? — Perguntou ela, a cabeça ligeiramente inclinada em dúvida, sem perceber o magnetismo que exercia sobre ele com sua doçura. Sua mente estava em completa confusão, sem entender o motivo daquela sensação de familiaridade ao olhar para Jungkook, nem por que sua presença a deixava tão inquieta.
Jungkook se aproximou mais, inclinando-se até estar muito próximo dela. Ele podia ouvir sua respiração entrecortada, sentir o calor suave que emanava dela. — Porque agora, você está pronta para me ver como realmente sou, dolce Layla. — Sua voz foi um rosnado baixo, carregado de desejo reprimido e uma excitação sombria que ele não fazia questão de esconder.
Ela piscou, sem entender completamente as implicações de suas palavras, mas algo em seu tom a fez corar ainda mais, o desconforto se misturando com uma curiosidade ingênua. — O que você quer dizer? — Perguntou, sua voz soando quase infantil em sua simplicidade.
— Você ainda não sabe, mas logo descobrirá. — Ele se abaixou, ficando no nível dos olhos dela, e o toque leve de sua mão ao redor do pulso delicado de Layla a fez prender a respiração. O contraste entre a pele fria dele e a suavidade dela era quase eletrizante. Ele podia sentir o quanto ela era intocada pelas trevas do mundo, e isso o deixava ainda mais fascinado.
Ela olhou para ele, completamente alheia ao turbilhão que provocava em Jungkook. Seus grandes olhos castanhos brilhavam de confusão e ingenuidade, sem perceber a tempestade que sua pureza havia desencadeado dentro dele.
—Eu ainda... eu não entendo o que você é, Jungkook. Por que eu sinto que te conheço, mas ao mesmo tempo não conheço nada sobre você?
Jungkook sorriu, mas havia algo predatório naquele sorriso.
— Porque, cara Layla, eu sou o que você jamais poderia imaginar. Eu sou Lúcifer, o senhor das trevas. E você... — Ele deixou as palavras morrerem no ar, observando a reação dela, cada traço de medo e confusão apenas o excitando mais.
Ela deu um passo para trás, surpresa, os lábios se entreabrindo em descrença. — Lúcifer...? — Sua voz era quase um sussurro, um misto de incredulidade e espanto. Como alguém tão sombrio e perigoso poderia ter sido seu amigo de infância? Como algo assim poderia fazer sentido?
Mas, mesmo diante da verdade devastadora, a inocência de Layla permanecia intacta, e isso fazia com que Jungkook desejasse protegê-la... e, ao mesmo tempo, corrompê-la, devorar aquela pureza como a escuridão consome a luz.
Ele se levantou, seus olhos brilhando com uma fome que ele lutava para controlar.
— Sim, Layla. Eu sou o diabo. E voltei para reivindicar o que é meu.
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𝐎 𝐃𝐈𝐀𝐁𝐎 𝐓𝐄𝐌 𝐎𝐋𝐇𝐎𝐒 𝐏𝐔𝐗𝐀𝐃𝐎𝐒
Fantasyestou rescrevendo ❛ 𝘌𝘳𝘢 𝘶𝘮𝘢 𝘷𝘦𝘻, 𝘶𝘮𝘢 𝘭𝘪𝘯𝘥𝘢 𝘮𝘦𝘯𝘪𝘯𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘢𝘴𝘤𝘦𝘶 𝘦𝘮 𝘶𝘮𝘢 𝘯𝘰𝘪𝘵𝘦 𝘮𝘶𝘪𝘵𝘰 𝘍𝘳𝘪𝘢. 𝘌𝘭𝘢 𝘵𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘤𝘢𝘣𝘦𝘭𝘰𝘴 𝘦𝘴𝘤𝘶𝘳𝘰𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘢 𝘯𝘰𝘪𝘵𝘦 𝘦 𝘭𝘪𝘯𝘥𝘰𝘴 𝘰𝘭𝘩𝘰𝘴 𝘤𝘢𝘴�...