Raw

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As unhas de Seokjin se fincavam na pele amorenada de Taehyung, sentindo os lábios grossos do mais novo lhe maltratarem o pescoço. A sensação da pele sendo sugada e mordiscada, unida a temperatura do corpo deles apenas aumentava o frenesi de tudo aquilo. Estar com ele era sempre ambíguo. Entre o querer parar e continuar, nas mesmas proporções.

Mas sempre voltava, sempre iria até o quarto 304 enquanto ele o chamasse. Mesmo sabendo que antes do sol nascer ele voltaria para a vidinha de merda que tinha com a noiva.

Talvez aquela noite fosse diferente. Taehyung estava diferente. Mas ainda assim, enquanto o tomava para si, parecia ter medo que Seokjin se quebrasse, se partisse ali mesmo e desaparecesse. O mais velho não gostava daquilo, não era real, ainda parecia um negócio. Um acordo silencioso.

Não era apenas Taehyung em sua atitude mais crua, com seus desejos mais ocultos.

Não era.

— Eu não vou quebrar, você sabe, né? — Seokjin sussurrou, sentindo as mãos grandes do maior o acariciarem ternamente. Mesmo que estivesse tendo a pele rasgada por ele em uma intensidade totalmente diferente.

O moreno o encarou, frustrado, envergonhado, e talvez confuso.

— O que quer de mim, Seokjin?

Os olhos do mais velho pareciam entediados, e com uma entonação quase suplicante, ele respondeu:

— Faz o que você realmente quer, por favor. Não me interessa mais nada.

— O que eu realmente quero? — questionou. Recebendo um murmúrio em resposta.

Taehyung sempre pensou demais quando se tratava de Seokjin. O que fazer, como fazer, por que fazer. Mas a verdade é que o queria de toda e qualquer forma, queria aquele corpo como nunca quis nada. Precisava sentir o gosto da pele, o cheiro do sexo dele, ouvir os sons, o sentir se contorcer sob si.

Queria ser tão perverso quanto ele. Fazê-lo se sentir perdido, sem saber o que falar. Porque Seokjin sempre soube o que falar. E ele não, sempre bobo, sempre com medo. Medo de o querer tanto.

E porra, como queria.

Uniu sua boca a dele, a invadindo com a língua afoita, buscando pela dele. Macia, quente e tão necessitada quanto. Seu corpo se encaixou melhor no quadril alheio, chocando seu membro teso contra o dele, ainda coberto pela boxer úmida. O gemido surpreso o agradou e ele não viu mais sentido em se segurar. Mordeu o lábio inferior, puxando-o e colorindo em um carmin ainda mais forte, quase sentindo o gosto férreo. Buscou por seus braços, os prendendo acima da cabeça, o desarmando completamente. Queria Seokjin entregue, sem poder, sem rota de fuga, ainda que soubesse que ele não queria estar em outro lugar além de ali, sob seu corpo quente, sob seu controle.

Com uma das mãos ocupadas, usou a boca para trilhar o caminho até os mamilos rijos de Jin, circulando a língua por um deles, causando um arrepio gostoso no mais velho. Subiu o olhar para ver a expressão de prazer, gostando de como ele parecia ansioso pelo que poderia vir. A mão livre foi até o quadril e estalou um tapa na pele alva, causando uma vermelhidão imediata.

Seokjin gostou. E como se pedisse mais, rebolou sob o corpo de Taehyung, que sem dar tempo para os próprios pensamentos se organizarem, soltou os braços de Jin e se ajoelhou abruptamente, virando o corpo magro sem pedir, sem aviso, o deixando de bruços. Agarrou a carne das nádegas, e estalou mais alguns tapas antes de pedir com a voz grossa:

"Empina pra mim, Seokjin, empina essa bunda gostosa."

Taehyung não costumava falar assim, e isso causou uma euforia nova em Seokjin. Aquela voz era sua perdição, e obedeceria as maiores insanidades vindas dela. Aquele pedido não era nada. O garoto fez o que foi mandado, e sentiu o polegar do mais novo circular sua entrada, descendo pelo períneo e voltando.

— Taehyung...

— Isso, Seokjin, geme meu nome, só geme meu nome — ordenou, ainda massageando a região avermelhada.

Separou bem as bandas, e cuspiu na entradinha, sentindo Seokjin contrair, estava surpreso, mas não deu tempo a ele, se abaixou e levou a boca até ela, ameaçando uma penetração. Gostou da reação que teve, e então começou a chupa-la como nunca fez antes. Forçou o músculo, penetrando o que conseguia, sentindo Seokjin se contrair ainda mais.

Chupava e mordia toda a pele em volta, tingindo-o de vermelho, o deixando uma bagunça. Seokjin pedia por mais, queria ser preenchido, queria Taehyung dentro dele, de uma forma quase brutal.

— Me fode, por favor, me fode agora.

— Não, Seokjin, ainda não.

Riu malicioso, era intenso se entregar aos desejos, e ignorar tudo que vinha ponderando. Talvez amar fosse mais do que ser racional, talvez fosse justamente o contrário.

Taehyung saiu da cama, frustrando Seokjin por um momento. Mas não demorando até ele, acariciando o rosto suado.

— Vem, ajoelha aqui — ditou, indicando o tapete em sua frente. Jin o olhou sorrindo. — Agora, Seokjin.

Dizer o nome dele daquela forma era libertador.

Seokjin. Seokjin. Seokjin.

O garoto se ajoelhou, encarando o pau duro e molhado, sabia o que ele queria. Mas deixaria que ele fizesse do jeitinho dele. Não se moveria até que ele mandasse, esperaria que ele desse todos os passos. Taehyung envolveu a mãos no próprio membro e se masturbou, tendo os olhos fixos de Seokjin em si.

Sorriu ladino, gemendo baixinho enquanto deslizava a mão pela extensão. Circulou a glande inchada, e deixou que o nome de seu garoto saísse mais uma vez. Era gostoso olhar para ele ali, ajoelhado, entregue, ansioso.

Levou o pau até os lábios inchados de Seokjin e com a mão segurando firme o rosto rubro, pediu:

— Abre. Chupa bem gostoso, Seokjin, do jeito que só você faz.

Taehyung não deixou que Jin o tocasse, queria apenas sua boca. E a fodeu como sempre quis, sem pena, sem pensar em nada. Movia o quadril pra frente e pra trás, sentindo a glande chegar até a garganta do mais velho, que se esforçava para não engasgar, sugando e apenas deixando que ele conduzisse. Segurou os cabelos de Seokjin, e com um pouco mais de pressa, meteu rápido, jogando a cabeça para trás, sentindo o corpo tensionar e o orgasmo querer chegar. Antes que pudesse gozar, retirou-se da boca dele. Voltando a se masturbar.

— Fica quietinho, Seokjin, e me deixa gozar no seu rostinho. Fica quietinho.

Jin deixou a boca entreaberta e esperou que o jato quente o atingisse. Com um gemido rouco e longo, Taehyung se desfez sobre ele, sujando o rosto que ele tanto adorava. Era uma sensação única. O mais velho lambeu o que estava perto da boca, sorrindo safado para o Kim.

— Essa foi a melhor coisa que eu já vi, Taehyung.

Limpou o restante do gozo, permanecendo ajoelhado, de olho em Taehyung, que respirava pesado, mas sorria satisfeito. Realmente Jin não acreditou que aquele homem que o fodia com tanta delicadeza era de fato Kim Taehyung. Tinha muito mais dentro dele. E era isso que queria, ser o objeto dos desejos mais depravados e ser a razão de toda sua loucura.

— Caralho, Seokjin, você me quer destruído, me quer na palma da sua mão.

— Não, meu amor — ele disse se levantando, buscando pela boca do mais novo. —, eu quero que você me aceite na palma da sua mão, que faça o que quer, que me deixe ser tudo. Realmente tudo, Taehyung.

Olhos Perversos | TAEJINOnde histórias criam vida. Descubra agora