Capítulo 12

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Eda Yildiz
3 dias depois

De alguma forma, Serkan e eu conseguimos criar e seguir nossa própria rotina.

Tomamos café silenciosamente — no primeiro dia Seyfi apareceu mas eu ja estava preparando o café da manhã, então expliquei pra ele que não tinha mais necessidade dele se locomover apenas para vim preparar nosso café — às 7 e alguns minutos depois, pois sempre consigo me atrasar, saímos juntos no mesmo carro — insistência de Serkan que disse que não entraria na minha máquina da morte — e chegamos na empresa às 8.

Almoçamos juntos esses três dias? Não.
Interagimos de forma diferente? também não.
É como se continuássemos no padrão funcionária e chefe.
Não sei se isso é uma coisa, mas vejo os olhares que sempre me dão quando Serkan vem até a área principal e nem falar comigo ele fala.
Ele age como se eu nem existisse.

Isso é um relacionamento falso... o que você queria, um beijinho na testa toda hora que ele passasse por você?

Sim.
Não.
Não sei.

As pessoas tem reparado nisso, sempre que ele passa por mim, sinto olhares em nós.
É assim que é se sentir casada?
Eu não sei lidar com isso... quer dizer, eu sei mas não sei.
Minha mente anda tão confusa nesses últimos dias.
Primeiro, com a vovó e a recuperação da cirurgia.
Segundo, com a visita da assistente social que nem chegou a acontecer.

Ando constantemente preocupada em ela aparecer e nada estiver certo. Algo dar errado com a visita, com a decisão. E se ela achar que não somos bom o suficiente para Emin? E se eu não estiver preparada para ser mãe?

Pelo amor de deus, eu não sei cuidar nem de mim mesma.
Meu passado é a prova disso.

Não vá por ai Eda, não se atreva!!!

Uma mão no meu ombro desperta-me da minha própria mente. Viro-me de lado e vejo Serkan com um rosto sério.

–Vamos. –ele diz ja se afastando.

–O quê? –me levanto sem entender. Algumas pessoas nos olham mas ignoro todos.

–Temos que ir pra casa agora –ele diz enquanto veste o paletó.

–Mas ainda são 16 horas e alguém de designou muito trabalho –volto a me sentar focando minha atenção no trabalho incompleto na tela do computador.

–Esqueça o trabalho, a assistente está vindo –me levanto em um salto.

–O quê? –ai meu deus. ai meu deus.

Empurrando a cadeira pra trás, ando até Serkan e encaro seus olhos verdes com uma intensidade surpreendente.

–Agora, agora? –deixo que o medo transpareça no meu tom.

–Agora Eda. Ela já está à caminho... –só tenho tempo de pegar minha bolsa e celular antes de ser puxada por Serkan.
Passamos por Efe que nos olha sem entender nossa pressa, assim como os outros e saímos da empresa.

Meu deus. meu deus. meu deus.
Ela não pode vim, não pode vim.
Não temos nada arrumado.

Serkan –me viro para ele desesperada enquanto esperamos que seu carro chegue. –Ela não pode vim. –meu olhar em pânico faz com que ele estreite os olhos em mim. –Não estou pronta. Não podemos.. –balanço a cabeça negativamente.

Dupla Explosiva (Edser)Onde histórias criam vida. Descubra agora