Concluída |
Eu odeio Serkan Bolat.
Não, eu realmente o odeio.
Ele queria uma investigadora e me mandaram. Mas enquanto eu prosseguia com a investigação, ele tentava me ensinar a fazer meu próprio trabalho.
O ódio foi instantâneo.
E o pior é que t...
Tudo bem, eu posso fazer isso. Eu posso não me preocupar o dia todo.
Quem eu quero enganar, é óbvio que vou me preocupar. Não consegui dormir depois de passar o dia todo com Vovó no hospital. Eu sei que o médico disse que não vai ter problema se retirarmos o nódulo por agora, mas mesmo assim. Sinto que algo ruim vai acontecer. Sinto isso dentro do meu ser.
Estou agora mesmo acorda deitada na minha cama olhando pro teto. São exatamente 5:48 de acordo com meu despertador.
Tenho que ir a empresa, quero terminar logo esse caso mas tudo está silencioso por lá, não consigo achar provas. É como se a pessoa soubesse ou desconfiasse. Isso é tão frustrante.
Levanto-me da cama e vou direto pro banheiro me arrumar. Ligo o chuveiro no frio e sinto a água gelado batendo em meu rosto. Isso me conforta, meu corpo mais acordado do que antes.
Saio do banheiro e vou direto pro closet, sem nenhuma animação de me arrumar. Ainda tenho que passar no hospital antes e ver como vovó estar — Tia Ayfer que iria passar a noite com ela ontem — Ainda devo passar na agência e ver algumas coisas. Não sei se vou aguentar o dia de hoje. Nunca me senti tão sobrecarregada na minha vida.
Escolho uma roupa simples, uma saia cor de cinza fosco e uma blusa branca. Finalizo com uma casaco de cor marrom barro e botas.
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*look Eda*
Pego minhas coisas — carteira, chaves, celular — e enfio tudo na bolsa. Olho meu relógio de pulso: 6:20 horas.
Saio de casa sem tomar café. Não sinto fome, mas tomarei o café da manhã com vovó no hospital.
{***}
Estou entrando no quarto da vovó com dois copos de café e alguns bolinhos da sua padaria preferida. Nem sei se vovó poderá tomar café e comer coisas assim...
A primeira pessoa que vejo é vovó sentada na cama de hospital, ela sorri pra mim. Ela parece bem pra alguém nas condições dela.
–Bom dia —cumprimento.
Tia Ayfer responde enquanto sua visão está focada olhando pra TV, alguma notícia sobre um concurso de arquitetura.
Olho pra vovó e antes que eu diga algo ela me interrompe: –Isso na sua mão por acaso é bolinhos de chuva? –ela pergunta se referindo ao pacote em minha mão. Sorrio
–Passei nos Morrones antes de vim pra cá, não sei se você pode comer coisas desse tipo –digo em um encolher de ombros.
