Era um novo dia na cidade, Railey ainda estava no hospital recebendo medicamentos para aliviar suas dores na perna direita, seus machucados pelo resto do corpo sumiam aos poucos, tudo estava correndo bem a não ser seu pensamento em ligar para seus pais e finalmente descobrir tudo da boca deles mas a mesma adiava a ligação com medo de saber mais do que a própria verdade.
Era exatamente uma hora da tarde quando a enfermeira entra em seu quarto e vai falar com ela a tirando de seus pensamentos sombrios e tristes.
– com licença, tem uma garota querendo te ver, posso deixar ela entrar?
– pode. – falou Railey após deduzir que seria uma de suas amigas.
A pessoa entrava devagar apenas observando a perna com gesso de Railey, então o olhar das duas se encontraram e só ódio pairava no olhar de Railey que no momento se ajeitou na cama enquanto olhava Marie se sentar ao seu lado.
– o que veio fazer aqui?
– sabe como é Railey, cidade pequena é cheia de rumores e eu queria ver se esse rumor era verdadeiro e pelo visto...
– pode sair, não quero falar com você!
– e o que vai fazer? me chutar com essa perna engessada? – disse Marie tocando no gesso.
– sabe que você me deu uma boa ideia.
– o Tommy...
– não fala dele!
– escuta, juro que é importante. – dizia ela andando pelo quarto. – ele só escondeu toda a verdade de você por conta da família de vocês.
– me conta uma coisa que eu não sei Marie.
– naquele dia, do nosso beijo, eu realmente queria fazer aquilo sabe, não estava tão bêbada por isso lembro de cada momento.
– ...
– lembro do seu toque em mim, e por isso que eu me mudei, não aguentava mais olhar pra sua cara na escola já que você não falava mais comigo, e então você começou a se aproximar de Tommy, e por incrível que pareça eu gostava de ver minhas duas paixões juntas... – Marie respira fundo. – naquele dia, fui na casa do Tommy pra convencê-lo a te contar toda a história da sua família com a dele, mas ele não quis.
– onde você tá querendo chegar? – perguntou Railey confusa.
– em lugar nenhum Railey, só quero deixar claro que não importa se vocês são irmãos ou namorados, ele realmente te ama.
– me ama não me contando nada?
– ele não te contou por medo de te perder...
– pois deixa eu te contar uma coisa, ele já perdeu. – sussurrou ela.
– tudo bem então, agora vem eu e você. – Marie se aproxima da cama.
– não tenho nada a ver com você.
– sério? vai dizer que você não sente mais nada daquele beijo entre a gente? – Marie estava cara a cara com Railey. – eu sinto falta do seu toque...
O coração de Railey acelera um pouco mas ela não queria viver amarrada a vida toda em uma pessoa que também mentiu pra ela, a mesma estava perdida em seus pensamentos que não percebeu que agora estava sendo beijada pela Marie, Railey então morde seus lábios fazendo-os sangrar.
– sai daqui sua vaca! – gritou Railey.
– você é doente? – disse Marie com a mão na boca.
– sim! sai da minha frente e esquece que eu existo ou então me levanto daqui mesmo e te faço voar por essa janela!
Marie olha com ódio pra Railey e vai embora sem dizer mais nada a deixando sozinha, Railey não queria mais fazer nada só queria saber da verdade mas o medo continuava em seu coração e ela apenas adiava e adiava a ligação para seus pais, eles já sabiam onde ela estava pois tinham ido visitá-la mais cedo e Railey apenas deixou pra lá a pergunta e apenas ouviu os sermões de ódio deles.–★–
Pearl foi obrigada a dormir com a Lindsey em seu quarto sem gostar nenhum pouco da ideia, agora ela estava tomando seu banho arrumando-se para festa da Kim que iria acontecer dentro de algumas horas, qua do sai do banho Lindsey estava deitada em sua cama falando no celular com alguém que ela conhecia, Pearl da uma leve olhada pra ela que entende o recado e sai do quarto. Ela começa a se arrumar escolhendo a roupa com qual iria até alguém lhe ligar.
– alô? – disse ela tirando a toalha.
– você vem não é? é o Júnior.
– vou, e você já descobriu o que ela vai tentar fazer?
– não, ela só fala disso com a Iasmin, será que ela notou alguma coisa entre a gente?
– acho que não, pelo que conheço ela teria surtado se soubesse na sala de aula mesmo.
– ela está muito diferente.
– deve ser impressão sua, ela já está arrumando tudo?
– sim, já está acabando e já chegou algumas pessoas da escola e estão ajudando ela.
– vou ver se consigo chegar mais cedo, agora tchau, preciso me arrumar.
Pearl desliga o celular sem deixar Júnior dizer mais nenhuma palavra, ela se sente culpada por ter feito aquilo mas era apenas uma defesa dela para não se apegar a alguém.
Após se vestir ela sai de seu quarto e se dirige pra cozinha onde ao invés de sua avó está fazendo algo para comerem quem estava era Nayara podíamos dizer que era sua madrasta agora, o que era bastante estranho para Pearl.
– bom dia... ou devo dizer boa tarde. – falou Nayara.
– boa tarde. – disse Pearl sentando-se.
– pra onde vai toda arrumada desse jeito?
Pearl no momento da um sorriso sarcástico e agora a olhava nos olhos como se desse a seguinte resposta: “pra puta que pariu.”, mas ela não queria sair como errada já que seu pai provavelmente ficaria do lado de sua mulher ou seja lá o que fosse aquilo.
– pra lugar nenhum... – falou Pearl.
– só estou querendo puxar assunto com você Pearl, vai ser difícil se você não abrir espaço.
– já não basta meu pai com esse papo, agora você... eu mereço.
– realmente deve merecer já que sua mãe não te deu educação.
Pearl se levanta num piscar de olhos e agora batia de frente com Nayara, os olhos das duas brilhando até seu pai chegar na cozinha acompanhado de Lindsey.
– está tudo bem aqui? – perguntou Petrick.
– sim. – afirmou Nayara. – só estava perguntando pra onde sua filha vai.
– pra onde vai Pearl?
O mesmo pensamento se passou na cabeça de Pearl depois que seu pai lhe fez a pergunta, mas decidiu contar de uma vez por todas.
– em uma festa.
– porquê não leva a Lindsey? – falou seu pai.
– como? – Pearl fala quase quebrando o pescoço ao se virar para encara-lo.
– eu gostaria muito de ir, afinal não sabemos quanto tempo vamos passar aqui, seria bom conhecer novas pessoas... – disse Lindsey sorrindo pra Pearl.
– não enche garota.
– Pearl...
– sério isso? elas nem vão passar tanto tempo aqui!
– isso não sabemos, então eu te peço por favor...
Naquele momento Pearl sentia o ódio passar pelas suas veias como se bombiassem seu coração só com essa força, ela se vira praticamente cercada pelos três naquela cozinha então pra sair logo daquela saia justa...
– vai de arrumar que eu já vou sair... – falou Pearl.
Lindsey se levanta da cadeira e corre para o quarto, Petrick seu pai põe a mão em seu ombro e vai ajudar Nayara a fazer a comida que estava fazendo.
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F I V E
Novela JuvenilCinco amigas, cinco vidas diferentes, uma luta por igualdade e direito estaria prestes a começar, famílias rivais, brigas e muito mais envolvem a vida dessas garotas que tem um psicológico abalado graças aos seus problemas, vão fazer de tudo para co...