Ódio pela paixão

Capítulo 5

Capítulo 5

Jungkook

Tudo aconteceu muito rápido.  É noite, eu estou com frio, nervoso, com raiva... Após a discussão do Jimin e a intensificação da chuva, fico sem rumo algum. A única opção que me resta é tentar descansar um pouco.
Pego uma mala de cada vez e as levo para o segundo andar. 
Pelo visto Park está no primeiro quarto, pois é o  lugar onde há algum sinal de luz.
Então, opto pelo segundo, mas a maçaneta parece estar emperrada, então decido tentar as outras... Até que eu chego no final do corredor e nenhuma das portas abrem.

E então, a frase de Taehyung  surge em minha mente:

"Esse castelo está com quase todas as portas abertas para vocês!"

Quase todas as portas... então é isso! Só há um quarto disponível.

Minha raiva só aumenta. Entro com certa brutalidade no quarto de Jimin e me jogo na cama.

-Eles foram espertos. Todos os quartos de hóspedes estão trancados, me dê um espaço nessa cama. Eu me recuso a dormir no chão da sala.

-Como terei certeza de que você está falando a verdade?

-A última coisa que eu gostaria de fazer com você era dividir um palácio, pior ainda dividir a cama! Está frio lá fora,  eu não dormirei na sala. - respondo

Ele não reage, apenas faz uma expressão irritada e levanta para apagar as velas em cima da cômoda e volta para deitar. 

-Se você encostar em mim, eu farei questão de te colocar pra fora daqui e você dormirá na chuva! - ele diz se ajeitando na cama e tossindo um pouco.

Olho para a janela e percebo a chuva se intensificando.
Embora eu não suporte Jimin, nunca faltaria com respeito com ele, nem com qualquer outra pessoa, sinto-me ofendido por ele estar insinuando algo assim.

-Há cobertores de sobra, mantenha-se aquecido, até amanhã. - ele diz de maneira rude, mas de certa forma, com um toque de preocupação.

Passaram-se 3 horas desde que deitei e ainda não consegui dormir, estou apenas olhando para o teto.
Saio de meus pensamentos quando escuto Jimin começar a tossir novamente. Ele levanta da cama, colocando a mão no peito e eu acabo por me sentir meio preocupado. 
Ele continua tossindo, decido sentar na cama e pergunto:
-Isso é normal?

-É por causa do frio. -Ele diz com dificuldade em meio da falta de ar e a tosse.
A noite parece ser uma das mais frias que eu já vi, então deve realmente ser por isso.

-Preciso sair para tomar um ar...

-Enlouqueceu? Você vai piorar assim com essa chuva.
Aponto para a janela, e fico surpreso ao encontrar um céu cheio de estrelas e uma lua incrivelmente linda.

-Que chuva?. - Ele responde levantando e colocando outro agasalho.
De fato, a tempestade parou...

- Não tem medo de sair? Nem conhecemos esse lugar. -pergunto levantando também.

-E eu tenho outra escolha? Ou eu fico aqui e com problemas de  falta de ar ou eu enfrento possíveis vaga lumes que provavelmente estão lá fora.

-Eu vou com você então. Não quero ficar sozinho aqui.

Ele não responde, sai do quarto e eu saio em seguida.

Chegando lá embaixo, a tosse continua, e ele não exita em sair. Após andar um pouco, paramos perto de um lago. 
Ficamos lá observando a vista por muito tempo.

-Jimin, você não trouxe nenhum remédio?  -Falo enquanto ele abaixa para molhar um pouco o rosto.

- Nunca tomo remédios. -De fato, alguns não possuem garantia de que ele irá melhorar, além de serem extremamente caros, mas deve ser melhor do que ficar assim. A medicina está avançando aos poucos.
Ficamos durante meia hora perto de um lago até que sua tosse começa a diminuir.