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— É sério, Tio Josh?

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— É sério, Tio Josh?

Olho para Noah. Ele faz um sinal para eu ir até Hina. Me sento ao seu lado e tento pensar no que vou dizer.

— É.

—Pode falar. — diz ainda com sono.

Ela tinha acabado de acordar. Não queria que a manhã dela começasse desse jeito.

— Lembra quando a gente se despediu da mamãe?

— Lembro. — ela olhou para Noah — O que 'tá 'acoltecendo?

— Então, Hina — voltei a falar — Naquela hora, a gente se despediu por... porque... a sua... a Any morreu, pequena.

Seus olhinhos se encheram de lágrimas. Ela começou a chorar.

— Você 'tá falando sério? A mamãe foi 'embola?

Eu não conseguia afirmar isso para a Hina, era tão difícil.

— Sim, Hina.

— 'Pra onde ela foi? Eu 'quelo ir com ela.

Urrea se aproximou e pegou a sobrinha no colo.

— Oh, pequena. A mamãe não 'tá aqui, ela foi ver o Papai do céu.

— E por que eu não posso ir junto? — perguntou enquanto chorava.

Noah olhou para mim, eu não conseguia fazer nada. Apenas ficar parado, encarando aquela situação.

— Posso ir 'pro meu quarto? Eu 'quelo ficar sozinha.

— Deixa que eu levo a Hina, Josh.

Os dois subiram as escadas e eu fiquei na sala.

— Díos Mio, Joshua! — Sabina abre a porta tirando os seus óculos de sol — Como você está?

— Tentando seguir em frente. — abraço ela — Noah levou a Hina para o quarto.

Sabina era a melhor amiga de Any desde quando eram bebês. Sempre estiveram juntas, em todos os momentos bons e ruins.

— Ela acabou dormindo depois de chorar horrores. — Noah falou descendo os degraus — Opa, oi Sabi. Como 'cê 'tá?

Urrea e Hidalgo se abraçam com sorrisos nos rostos. Eles também se conheciam faziam bastante tempo.

— Ai, nem perguntei sobre a Hina. Como minha pequena está?

— Um pouco mal.

— Josh contou para ela sobre a Any.

— JOSH! — Sabi grita.

— O NOAH ME OBRIGOU!

— E NÃO É MENTIRA! ELA VIU A MÃE MORRER! — ligou a televisão.

— COMO É?

— O JOSH NÃO TE CONTOU? — Noah cruza os braços e a mexicana nega — QUANDO O JOSH DESLIGOU AS MÁQUINAS, A HINA 'TAVA COM ELE!

— PORQUE ERA A MÃE DELA! — me levanto do sofá gritando — PORRA, VOCÊS FALAM COMO SE EU FOSSE CULPADO DA MORTE DELA.

— MAS VOCÊ É! — gritam juntos.

Um silêncio. Um silêncio enorme.

— Como é? Vocês me culpam por causa da morte da Any? É sério?

— Foi você que desligou as máquinas, Beauchamp. — Sabina se senta no sofá.

— Ela iria sentir mais dor...

Não adiantava falar com alguém sobre isso. Ninguém estava me entendendo.

— Preciso ir descansar.

Vou até o quarto de Hina e vejo que ela estava acordada. A pequena estava na cama, agarrando um bichinho de pelúcia.

— Pensei que estava dormindo.

— 'Tô sem sono.

— Posso me deitar ao seu lado?

— Uhum.

Vou até o outro lado da cama e abraço a Hina de lado.

— Eu vou te proteger de todo mal.

— Você vai?

— Sim. Vou te guardar em um potinho e não deixar você sair. — ela solta uma risada.

— Em um potinho?

Assenti.

— Agora que a mamãe foi 'embola, quem vai cuidar de mim? — perguntou.

— Eu, o tio Noah e a tia Sabi.

♡♡♡

Um tempinho depois, Hina acabou dormindo. Eu preferi continuar ali, não queria que ela acordasse.

E foi assim a minha tarde. Cuidando da Hina, eu não gostava de ver ela triste.

— Vai ficar aí? — Sabina se encostou na porta.

— Vou.

— Olha, descul...

— Não. Agora não. A Hina está aqui. A gente conversa depois. — falo.

A garota assentiu e saiu. Não estava com paciência para conversar sobre isso agora. Não mesmo.

— Não 'bliga com a tia Sabi.

— Não briguei com ela, pequena.

— O que aconteceu?

— Papo de adulto, Hina. — ela se levanta da cama — Aonde vai?

Ela não me responde. Me levanto da cama e vou atrás dela. Hina abriu a porta do porão e começou a mexer em algumas caixas.

— Yoshirara, não acho melhor você mexer nessas coisas.

— Eu quero te mostrar um 'nególcio. — fala — ACHEI!

Me aproximo, tinha em torno de três caixas. Dentro delas, havia vários cadernos. Todos pretos.

— O que é isso? — pego um dos cadernos.

Abro a primeira página, onde está escrito: DIÁRIO DA ANY G.

Eu achei os diários da Any.

continua...

𝙃𝙚𝙧 𝙙𝙞𝙖𝙧𝙮 - ʙᴇᴀᴜᴀɴʏ Onde histórias criam vida. Descubra agora