Eu era fã de creepypastas desde que as conheci, em especial, da Nina, eu sempre senti uma atracão por ela muito maior do que pelas outras, Eu guardava fotos, escrevia poemas e colocava debaixo do meu travesseiro ou na beirada da janela achando que em algum momento ela poderia ler aquilo, mesmo que fosse só uma linha. Nesta noite não foi diferente, fiz a mesma coisa e fui tomar meu banho para finalmente ir dormir, quando voltei a sacada estava aberta e o bilhete havia sumido, dei um enorme sorriso e me troquei rapidamente com minha calça jeans e um moletom roxo, comecei a andar pelo quarto a procura dela enquanto sentia meu coração dando piruetas dentro de meu peito. Senti uma respiração atrás de mim me virei rapidamente e la estava ela, eu não sabia o que dizer e nem o que perguntar primeiro, ela usava sua habitual saia preta e moletom roxo, a unica coisa diferente era que seu cabelo estava solto e um pouco molhado pela chuva que fazia la fora. Ela parecia me analisar com curiosidade, passou a mão levemente em meu cabelo e tombou a cabeça.
— Você tem deixado muitos poemas ali... me pergunto se você me ama ou somente tem atracão.- Ela segurava sua faca contra meu rosto com um pouco de força.
— E- eu realmente te amo N-nina!- gaguejei enquanto ela se aproximava ainda mais de mim.
Eu não sabia se isso poderia complicar a minha situação, mas não pude evitar de acariciar seu rosto com um pequeno sorriso quase imperceptível, ela poderia até me matar ou me torturar ali mesmo, mas nada tiraria a felicidade que eu sentia somente por ela estar ali, ela pareceu ficar surpresa quando comecei a me aproximar dela e beijar sua bochecha. Ela não recuou e nem me atacou, ela pareceu estar aceitando por alguns minutos, até que ela segurou sua faca contra meu pescoço e pressionou fazendo aquela área sangrar um pouco. Eu comecei a sentir meu coração se partir em milhares de migalhas e senti algumas lagrimas descendo pelo rosto, eu realmente acreditava que poderia ter algo com ela, nem que fosse um sentimento pequeno ou algum lance, mas naquele momento todas as minhas expectativas foram jogadas no lixo ao perceber que ela me mataria ali mesmo sem nenhuma piedade.
— P-por favor... e-eu te amo- disse quase que cochichando.
