Capítulo 38

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Wendy Narrando

No dia seguinte cheguei um pouco mais tarde ao refeitório, pois sabia que todos já estariam lá. Assim que entrei Betty levantou da sua mesa e veio ao meu encontro o que deixou os seus amigos sem reação.

- Está pronta? – Ela me perguntou.

- Estou um pouco nervosa.

- Eu estarei ao seu lado, não se preocupe. – Assenti.

Fomos até a mesa do centro do refeitório onde pedi um pouco de espaço para subir e os alunos que estavam nela fizeram o que eu pedi.

- Oi pessoal. – Gritei chamando a atenção de todos. – Desculpa incomodar a refeição de vocês, mas eu queria dizer algo a todos. – Olhei para Betty que sorriu me incentivando a continuar. – Eu vim aqui para pedir desculpa a todos que eu já tratei mal, ou fiz algo que o magoou, sei que não foi certo o que eu fiz, mas eu queria que todos sentissem o que eu estava sentindo, como vocês sabem a alguns anos eu perdi minha mãe para o câncer, isso me destruiu, eu não me conformava e até hoje não sei o motivo de Deus a ter tirado de mim, além dessa perda, quando meu irmão foi morar com minha avó e eu fiquei sozinha com meu pai que só tem tempo para o trabalho, me senti mais sozinha, senti um vazio tão grande, assim como meu irmão disse eu só ficava feliz quando fazia alguém mal, mas isso também afastou a pessoa que eu mais amo na vida, sei que não será fácil me perdoarem, mas espero que um dia isso aconteça, por isso novamente quero pedir perdão por tudo. – Nessa hora meu rosto já estava vermelho de tanto chorar, desci da mesa e corri para a saída do refeitório, vi meu irmão correr atrás de mim, quando senti sua mão em meu ombro eu parei.

- Wendy olhe pra mim, por favor. – Virei para ele, vi os olhos de meu irmão cheio de lágrimas, o que me fez chorar mais ainda e o abraçar, que logo foi retribuído.

- Me perd..oe, por t..udo. – Pedi em meio aos soluços.

- Ei não chore, eu é que tenho que te pedi perdão eu não sabia como você se sentia, me desculpa por ter te deixado sozinha no momento que mais precisava de mim.

- Eu te amo, não me odeie.

- Eu também te amo, você sempre será a minha irmãzinha, eu nunca vou de odiar.

Quando nos separamos vi que todos os amigos de Betty e do meu irmão me olhavam com um sorriso no rosto, me aproximei de todos e disse.

- Me perdoem, por tudo. – Todos assentiram com a cabeça, isso me fez sentir mais leve, me aproximei de Victoria.

- Victoria você é a quem eu mais devo desculpas, espero que um dia possamos ser amigas, eu também quero te agradecer por fazer o meu irmão mais feliz do que eu já vi em toda a minha vida.

- Wendy, eu te perdoo, uma pessoa me disse que o passado deve ficar no passado.

- Obrigada. – Christian puxou nos duas para um abraço.

- Que bom ver que as duas pessoas mais importantes da minha vida se entenderam. – Disse fungando fazendo todos rirem.

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Os dias se passaram e o final de semana chegou, como estava próximo de Betty e seus amigos, resolvemos juntos com meu irmão e seus amigos irmos ao parque passear um pouco, estava sentada próxima a uma arvore, observando tudo ao redor, tinha crianças passeando, famílias fazendo piquenique, quando vi um casal de mãos dadas levei min há visão para Dylan, eles estavam junto dos outros meninos conversando.

- Ainda gosta dele? -  Betty disse enquanto se sentava ao meu lado.

- Me assustou.

- Desculpa, mas você não respondeu minha pergunta.

A ÓRFÃOnde histórias criam vida. Descubra agora