Betty Narrando
Quando chegamos à mesa todos me olharam, naquele momento me senti com vergonha de toda a atenção.
- Betty, quero te apresentar ao resto do pessoal, essas são Verônica e Carolyn e esses são Ryan e Kelvin.
- é um prazer conhece-los.
- o prazer é todo nosso. – Ryan disse.
Depois que terminamos o almoço fomos ate a sala de matemática onde seria a primeira aula.
- boa tarde pessoal. – o professor disse ao entrar na sala.
- boa tarde dissemos todos em coro.
- que bom vê-la de novo Betty.
Apenas acenei com a cabeça.
- então vamos da inicio a aula, alguém pode me dizer o ultimo assunto da aula passada.
- eu. – Kayla disse.
- sim Kayla.
- probabilidade.
- ok, vamos continuar com o assunto.
Ela começou a escrever umas coisas que nunca tinha visto na minha vida. Deyson percebeu e então disse.
- o que foi Betty?
- não sei como fazer isso.
- não se preocupe, vamos ajuda-la.
Assim que as aulas acabaram fui para o meu quarto trocar de roupa, olhando para aquele monte de roupa eu disse.
- como será que eu consegui essas roupas todas, não me lembro delas.
Depois te olhar todas escolhi uma blusa branca, um short azul, e um boné e um tênis brancos. Assim que terminei de me trocar Eve entrou no quarto, junto com Grazy, Isabela, Ketlyn.
- oi Betty. – Grazy disse.
- oi.
-como esta linda, vai sair?
- vou para a pracinha e ver se me lembro de alguma coisa.
- há.
- quer companhia. – Isabela perguntou.
- não precisa.
- ok, se precisar é só mandar mensagem, que vamos rapidinho.
- ok obrigada.
Sai do quarto as deixando sozinhas, como os corredores eram todos iguais acabei me perdendo e fiquei andando procurando o lugar certo ate que Deyson apareceu.
- Betty.
- oi Deyson.
- precisa de ajuda?
- esta tão na cara.
- mais ou menos kkkkk.
- kkkkk.
- e então em que posso ajudar?
- quero chegar a praça só que estou um pouco perdida.
- vamos eu te levo é por ali. – ele disse apontando para o corredor atrás de mim.
- vamos.
Quando chegamos ao lugar de destino, ele disse.
- pronto chegamos.
- obrigada, se não fosse por você ainda estaria sem saber pra onde ir.
- precisando é só chamar, estarei sempre a disposição.
- que bom saber disso, obrigada. – eu disse lhe dando um abraço.
Naquele momento senti um sentimento tão bom que me deu vontade de não larga-lo mais. Depois que me afastei, ele disse.
- e então precisa de companhia?
- pode ser, não sei o que fazer.
- que tal eu te levar a um lugar.
- aonde?
- é surpresa, mas confia em mim você vai gostar.
- tudo bem.
- vamos. – ele segurou a minha mão e me puxou, comecei a sentir um friozinho na barriga.
Depois de andarmos por uns minutinhos ele disse.
- feche os olhos, por favor.
-esta bem.
Ele começou a me guiar, ate que nos paramos.
- pode abrir.
- uau. – foi a única coisa que consegui dizer.
- lembra desse lugar, a sua primeira lembrança.
- sim, mas assim é mais lindo ainda.
- que bom que gostou, vamos nos sentar.
- vamos.
Nos sentamos no banco, fiquei tão admirada por um tempo que acabei não falando mais nenhuma palavra ate que Deyson quebrou o silencio dizendo.
- Betty, você lembrou de mais alguma coisa.
- sim, me lembrei no avião.
- lembrou o que?
- como eu disse antes quando eu olhei pela janela do avião, percebi que já tinha visto essa cidade de cima, mais nada.
- hum, já é um avanço.
- sim, como o medico disse, aos poucos a memoria ira retornar, só preciso ter paciência.
- logo você lembrara de tudo e esse momento de amnesia ficara apenas na lembrança.
- que Deus te ouça, pois você não imagina como é ruim todos falarem contigo, e você não lembrar de nada.
- não posso nem imaginar pelo que você esta passando.
- mas vamos mudar de assunto, me conte tudo o que vocês ainda não me contaram.
- esta certo, vamos ver por onde eu começo.
A conversa estava tão interessante que nem vimos a hora passar, só percebemos que já era tarde quando o céu começou a escurecer.
- a conversa estava tão boa que nem vimos a hora passar. – eu disse.
- isso só acontece quando estamos nos divertindo, se fosse por mim queria que esse momento durasse pra sempre.
Naquele momento não tive palavras pra responder, apenas me levantei.
- me desculpe se eu te assustei com o que disse.
- tudo bem, é que eu não sei o que dizer.
- não precisa dizer nada, me desculpa.
- não precisa se desculpar.
- preciso sim, eu sei o quanto você esta confusa com tudo e venho falar isso.
Após falar isso ele se virou, ficando de costas pra mim, senti uma vontade extrema de segurar na sua mão então fiz. Deyson naquele momento voltou a olhar pra mim e fez uma coisa que me pegou de surpresa, ele se aproximou mais de mim, colocou a outra mão na minha cintura, a ultima coisa que senti foi os seus lábios colado nos meus em um beijo, o meu corpo ficou todo arrepiado e ao mesmo tempo me senti feliz.
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A ÓRFÃ
Romance[ CONCLUÍDA] Nesse livro é narrada a historia de Bety Cooper, uma adolescente de 16 anos que mora no orfanato Mercy First, que ganha uma bolsa para o colégio Elite junto com sua amiga Eve Belinque. Com essa mudança repentina ela vai descobrir vários...