Capítulo 27

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Betty Narrando

Quando chegamos à mesa todos me olharam, naquele momento me senti com vergonha de toda a atenção.

- Betty, quero te apresentar ao resto do pessoal, essas são Verônica e Carolyn e esses são Ryan e Kelvin.

- é um prazer conhece-los.

- o prazer é todo nosso. – Ryan disse.

Depois que terminamos o almoço fomos ate a sala de matemática onde seria a primeira aula.

- boa tarde pessoal. – o professor disse ao entrar na sala.

- boa tarde dissemos todos em coro.

- que bom vê-la de novo Betty.

Apenas acenei com a cabeça.

- então vamos da inicio a aula, alguém pode me dizer o ultimo assunto da aula passada.

- eu. – Kayla disse.

- sim Kayla.

- probabilidade.

- ok, vamos continuar com o assunto.

Ela começou a escrever umas coisas que nunca tinha visto na minha vida. Deyson percebeu e então disse.

- o que foi Betty?

- não sei como fazer isso.

- não se preocupe, vamos ajuda-la.

Assim que as aulas acabaram fui para o meu quarto trocar de roupa, olhando para aquele monte de roupa eu disse.

- como será que eu consegui essas roupas todas, não me lembro delas.

Depois te olhar todas escolhi uma blusa branca, um short azul, e um boné e um tênis brancos. Assim que terminei de me trocar Eve entrou no quarto, junto com Grazy, Isabela, Ketlyn.

- oi Betty. – Grazy disse.

- oi.

-como esta linda, vai sair?

- vou para a pracinha e ver se me lembro de alguma coisa.

- há.

- quer companhia. – Isabela perguntou.

- não precisa.

- ok, se precisar é só mandar mensagem, que vamos rapidinho.

- ok obrigada.

Sai do quarto as deixando sozinhas, como os corredores eram todos iguais acabei me perdendo e fiquei andando procurando o lugar certo ate que Deyson apareceu.

- Betty.

- oi Deyson.

- precisa de ajuda?

- esta tão na cara.

- mais ou menos kkkkk.

- kkkkk.

- e então em que posso ajudar?

- quero chegar a praça só que estou um pouco perdida.

- vamos eu te levo é por ali. – ele disse apontando para o corredor atrás de mim.

- vamos.

Quando chegamos ao lugar de destino, ele disse.

- pronto chegamos.

- obrigada, se não fosse por você ainda estaria sem saber pra onde ir.

- precisando é só chamar, estarei sempre a disposição.

- que bom saber disso, obrigada. – eu disse lhe dando um abraço.

Naquele momento senti um sentimento tão bom que me deu vontade de não larga-lo mais. Depois que me afastei, ele disse.

- e então precisa de companhia?

- pode ser, não sei o que fazer.

- que tal eu te levar a um lugar.

- aonde?

- é surpresa, mas confia em mim você vai gostar.

- tudo bem.

- vamos. – ele segurou a minha mão e me puxou, comecei a sentir um friozinho na barriga.

Depois de andarmos por uns minutinhos ele disse.

- feche os olhos, por favor.

-esta bem.

Ele começou a me guiar, ate que nos paramos.

- pode abrir.

- uau. – foi a única coisa que consegui dizer.

- lembra desse lugar, a sua primeira lembrança.

- sim, mas assim é mais lindo ainda.

- que bom que gostou, vamos nos sentar.

- vamos.

Nos sentamos no banco, fiquei tão admirada por um tempo que acabei não falando mais nenhuma palavra ate que Deyson quebrou o silencio dizendo.

- Betty, você lembrou de mais alguma coisa.

- sim, me lembrei no avião.

- lembrou o que?

- como eu disse antes quando eu olhei pela janela do avião, percebi que já tinha visto essa cidade de cima, mais nada. 

- hum, já é um avanço.

- sim, como o medico disse, aos poucos a memoria ira retornar, só preciso ter paciência.

- logo você lembrara de tudo e esse momento de amnesia ficara apenas na lembrança.

- que Deus te ouça, pois você não imagina como é ruim todos falarem contigo, e você não lembrar de nada.

- não posso nem imaginar pelo que você esta passando.

- mas vamos mudar de assunto, me conte tudo o que vocês ainda não me contaram.

- esta certo, vamos ver por onde eu começo.

A conversa estava tão interessante que nem vimos a hora passar, só percebemos que já era tarde quando o céu começou a escurecer.

- a conversa estava tão boa que nem vimos a hora passar. – eu disse.

- isso só acontece quando estamos nos divertindo, se fosse por mim queria que esse momento durasse pra sempre.

Naquele momento não tive palavras pra responder, apenas me levantei.

- me desculpe se eu te assustei com o que disse.

- tudo bem, é que eu não sei o que dizer.

- não precisa dizer nada, me desculpa.

- não precisa se desculpar.

- preciso sim, eu sei o quanto você esta confusa com tudo e venho falar isso.

Após falar isso ele se virou, ficando de costas pra mim, senti uma vontade extrema de segurar na sua mão então fiz. Deyson naquele momento voltou a olhar pra mim e fez uma coisa que me pegou de surpresa, ele se aproximou mais de mim, colocou a outra mão na minha cintura, a ultima coisa que senti foi os seus lábios colado nos meus em um beijo, o meu corpo ficou todo arrepiado e ao mesmo tempo me senti feliz.

A ÓRFÃOnde histórias criam vida. Descubra agora