Part Four

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Part Four

Naquela manhã, diferente da sua casa no campo, onde tudo que se ouvia eram passarinhos cantando e a água correndo no riacho, Harry acordou na cidade, com buzinas altas de carros, multidões falando ao telefone e etc.

Mas ainda sim estava com um sorriso no rosto, se espreguiçando de olhos fechados e sentindo o sol em sua pele atravessando a janela.

Devagar, abriu os olhos. Mas se arrependeu um pouco, vendo cada canto daquele apartamento bagunçado. O ômega realmente não sabia como alguém poderia fazer tanta bagunça. Talvez haviam sido atacados por algum ogro...

— Ai, não... — estalou a língua no céu da boca, olhando para o lugar com pena. — Isso não pode ficar assim...

Pensando um pouco, ele sorriu.

Levantou do sofá e correu para a janela, abrindo-a para cima e se curvando para fora. Animado, posicionou uma mão ao lado da boca e cantou uma melodia com "Aaah" enquanto chamava seus amigos animais.

Mas Harry não sabia que havia uma grande diferença entre os animais da floresta e os animais da cidade...

Ratos saindo de montes de lixos em becos; pombas saindo dos parques; moscas saindo de barracas de comida; ratos e baratas saindo de bueiros e assustando os cidades. E tudo isto à caminho do apartamento de Draco e Ron.

Harry olhou para aqueles animais todos reunidos naquela sala bagunçada — não deixando de dar atenção ao pombo que bateu no vidro janela ao entrar, perguntando se ele estava bem. Aquilo era novidade. Com sua positividade, o ômega juntou as mãos em frente ao corpo e forçou um sorriso para disfarçar sua careta.

— Hmm... Olá! Bom... É-é sempre bom fazer novas amizades! — apontou, olhando em volta mais uma vez. Então, bateu palmas para começarem. — Muito bem, pessoal! Vamos arrumar essa casa! Vamos amiguinhos trabalhar intuando essa feliz canção! — começou a cantar. — Suas vozes muito fortes são! — flexionou os braços, como se tivesse mostrando seus músculos. Com as patinhas, os pombos retiraram o seu paletó branco e grosso, deixando-o de camisa social branca, enquanto outros pombos dobravam suas mangar acima dos cotovelos. — Mãos à obra vamos todos afinando... Na cozinha começando a cantar em união!

Pegou uma vassoura, começando a varrer o chão da cozinha, ao redor da mesa, enquanto os animais ajudavam na limpeza da mesa.

No banheiro, os ratos e baratas faziam a limpeza. — Podem esfregar a banheira pra tirar as manchas num estalo e uma bola de cabelo do ralo. Bem felizes por intuar essa canção!

Com seu reflexo nas bolhas de sabão, Harry esfregava o chão do banheiro com uma escova para o chão, com os animaizinhos à sua volta.

Cantaremos sem parar, temos nosso prazo. Torça os panos pra enxugar... Esfreguem bem o vaso! — enquanto isso os ratos usavam escovas de dentes velhas para esfregar o vaso sanitário.

Passar o aspirador de pó, ajeitar todos os livros, revistas e cadernos em seus lugares.

Quanta diversão pode haver se fazemos tudo com amor, mesmo esvaziar o aspirador. Como é bom trabalhar cantando esta canção... Humm, cantando essa canção!

O ômega abriu as portas francesas da varanda, saindo enquanto observava o horizonte de Nova Iorque, apoiando o cotovelo na cerca de concreto e o queixo em sua mão.

Como é estranho estar aqui, sem o Zacharias junto a mim. Me dá saudade... — suspirou. — Então enquanto ele não vem, eu acho que faz bem eu ter uma atividade...

Enchanted | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora