Conto 2

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Tinha sido um dia foda, no pior sentido da palavra, a chefe tinha gritado com ela, ela tinha devolvido a altura, milhares de problemas apareceram. Ela só queria ir pra casa.
Perto das 17h, ele apareceu na sala dela.
- Tá tudo bem?
Ela tentando não dar vazão as lágrimas e vestindo sua armadura, respondeu ríspida.
- Parece tudo bem?
- Não, não parece.
E acrescentou.
- Vamos. Vamos sair daqui, tomar um cerveja.
- Você sabe que detesto cerveja.
Realmente, ela estava de mau humor.
- Um café e um chocolate? - ele deu um sorriso sincero.
Foi impossível negar.
Evitaram falar sobre o dia, conversaram banalidades e no fim do segundo café ela parecia mais calma. Só parecia, ele sabia que não estava.
- Vamos relaxar comigo?
- Hoje não, Dé. Nem a putaria to querendo.
- Mas quem disse que é putaria Perguntei se quer relaxar, bebê.
Ela amolecia quando ele a chamava assim. Odiava reconhecer, mas ela realmente estava precisando de um carinho.
Saíram dali direto pra casa dela.
Ela chegou e foi direto pro chuveiro, precisava deixar a água quentinha a acalmar.
Não queria sexo. Amava os tapas, mas hoje a vontade dela era estapear alguém.
Quando saiu do chuveiro, ele estava a esperando, de jeans e camiseta, descalço. A visão a fez sorrir, amava os pés masculinos. Fez menção de colocar pijama. Ele a impediu.
- Deita aqui, de barriga pra baixo.
- Dé... - ela o advertiu.
- Por favor, só quero te fazer uma massagem.
Ela obedece, desconfiada.
Ele pega um óleo, daqueles que esquentava, beijável, que sabia que ela guardava na gaveta.
O cheiro de baunilha se espalha quando ele pinga alguma gotinhas nas costas e na altura do cóccix. Massageia suavemente, a ouvindo suspirar. Espalha pelo ombros, desce pelas escápulas, massageia a cintura, desce em direção a bunda, aperta forte, ela suspira. Ele sente o corpo dela relaxar com o contato das mãos dele.
Desce massageando atrás das coxas, as panturrilhas e quando chega no pés pinga mais óleo e dá atenção especial a essa região. As mãos apertam com a intensidade certa, massageia entre os dedos e percebendo o corpo dela se arrepiando, se arrisca a colocá-los na boca, ela suspira se contorcendo. Ele continua. Devagar, sobe as mãos até a bunda, desliza e sente quão molhada ela está.
Pede pra ela se virar, pinga óleo nos seios, os massageia com cuidado, passa pelo mamilo, desce pra barriga, até chegar ali, onde ele sabe que ela não vai resistir, massageia devagar, passa o dedo por fora. Quer sentir se ela realmente quer. Ela se abre pra ele e ele enfia um dedo, inciando um vai e vem devagar, calmo. Com o polegar massageia o clitóris. Sobe até a boca e a beija. Um beijo lento, molhado, quente, sem pressa alguma.
De novo a vira de bruços, cola seu corpo no dela, beija a nuca suavemente, a puxa levemente pelos cabelos.
- Você quer? Se não quiser, tudo bem.
Ela só concorda com a cabeça e se abre pra ele. Ele se encaixa dentro dela, o corpo sobre o dela, sentindo o calor, a buceta apertadinha. E devagar, bem devagar, enfia e tira, enfia e tira, como a explorar cada pedacinho daquele corpo que já era tão dele. Os gemidos se intensificam. Ele tira, a coloca de barriga pra cima e a chupa, quer que ela sinta muito prazer, com a língua faz movimentos circulares no clitóris, desliza pelos lábios e volta a penetrá-la. O movimento cadenciado, os gemidos e suspiros baixinhos. Ficam assim por muito tempo, até que a respiração de ambos se alteram, o ritmo aumenta. E ele percebe que ela vai gozar.
- Pode gozar, amor. Goza pra mim.
E ela se entrega, agarrando o lençol e gemendo baixinho, suspirando.
Vendo-a ali, tão forte e tão vulnerável, ele se entrega ao orgasmo também.

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