Conto 4

2.1K 15 0
                                    

Ela estava super ansiosa, nem sabia ao certo o motivo. Os pensamentos não paravam, fez uma nota mental se lembrando de retornar a academia. O transtorno alimentar, há muito trancado no armário, como um monstro adormecido começara novamente a bater na porta. E ela percebia os sinais, mas os ignorava. Odiava admitir as próprias fraquezas.
Ela queria ter o controle de tudo, só não tinha dela mesma.
O café era seu afago e sua fuga. Sentada, com o olhar perdido no horizonte e bebendo o líquido fumegante, ela fingia ter controle de algo. E por vezes, gargalhou alto com a ideia. Controle. Ela queria é cedê-lo, mesmo que momentaneamente. Era em momentos assim que ela esquecia de tudo e se permitia sentir.
O vento leve soprava na sacada, fazendo seus cabelos balançarem e a pele se ouriçar. Noite de lua cheia.
Se pudesse, começaria uma reforma naquele momento, tamanha energia que tomava conta do próprio corpo.
Pensou em alguns números pra ligar e por fim decidiu pela própria companhia. Quem ela realmente queria, não estava disponível, não naquele momento.
Pegou um cigarro. Não, ela não era fumante. Aliás, detestava o cheiro. Mas eventualmente, bem eventualmente, isso a relaxava. Cigarrilha de baunilha. Camuflava o cheiro tradicional.
Um café, um cigarro. Nada resolveu. Ela precisava de mais.
Abriu sua gaveta, escolheu um consolo e um plug. Tirou a roupa e se deitou, manteve a calcinha.
Tentou relaxar, não estava excitada o suficiente. Puxou um lubrificante, passou no plug e forçou. Doeu, ela não se importou.
Sentiu o plug todo dentro dela, a preenchendo e a dor que ele provocou foi suficiente pra excitá-la.
Puxou a calcinha de lado e forçou o consolo. Ela estava mais apertada que o normal, devido ao plug. Com algum esforço e um pouquinho de dor, entrou. Ela o prendeu com o calcinha e se virou de bruços, totalmente preenchida. Puxou o travesseiro. O plug e o consolo a incomodando de um jeito bom.
Acomodou o travesseiro entre as pernas e deixou os pensamentos viajarem até ele.
Ela queria mais.
O imaginou ali. Ele a preenchendo no lugar do consolo.
O cheiro do perfume dele exalando enquanto a beija no pescoço. O hálito quente, a língua percorrendo o pescoço, as costas, descendo até a bunda. Ele aperta forte e ela geme com a dor, dor essa que se mistura com o prazer.
Ele morde. Morde e beija. Morde e passa a língua.
Ele vê a escova de cabelo na mesa de cabeceira e estica a mão. Testa, sem força, na bunda dela. Ela geme. Ele passa as cerdas, arranhando as nádegas de leve. E então bate. Ela geme alto, mas empina ainda mais a bunda.
- Você gosta disso né?
Ela apenas concorda com a cabeça e ele bate forte em ambas as nádegas, alternando os lados, mas mantendo o ritmo e a pressão.
Por vezes, ela pensa em pedir pra parar, a dor a consumindo e, quando ela está quase desistindo de resistir, a dor cessa dando lugar ao prazer, aquele prazer ansiado e já conhecido a imunda, fazendo-a se aproximar do gozo.
Ele também percebe e para imediatamente de bater, passa a mão carinhosamente nas marcas, sabendo que em pouco tempo o vermelho dará lugar ao roxo e ela se lembrará dele ao se sentar pelos próximos dias.
Ele a chupa, sente o gosto da excitação dela, levemente adocicado. Enfia a língua, chupa o clitóris, alterna em movimentos suaves e mais fortes.
- Me come. Me come agora - ela implora.
- Seu desejo é um ordem, bebê.
Ele se posiciona atrás dela e enfia o pau, todo de uma vez. Fazendo-a suspirar.
A agarra pelo quadril, empinando bem a bunda e soca forte naquela bucetinha molhada.
Ele tira o pau e avisa.
- Vou comer seu cuzinho.
Ela nega, manhosa.
Ele enfia o dedo e com o outro a massageia no clitóris.
Ele cede e se abre pra ele.
Ele enfia, devagar, ela se retrai e ele a segura com firmeza, puxando o corpo dela em direção ao dele.
Vai forçando a resistência natural daquele cuzinho todo apertadinho, até estar todo dentro dela.
Pede pra ela pegar o travesseiro e se esfregar nele enquanto ele a come por trás.
E ele a fode, com muita força. Com muita vontade. E sincronizam o ritmo, ele socando e ela se esfregando.
Até que ele pede.
- Goza pra mim, minha cadelinha. Goza, porque eu vou gozar.
E ela obedece, se perdendo em meio a gritos e gemidos. No último momento, ele tira o pau de dentro dela e goza na bunda e nas costas. A porra quente a deixando toda melecada.
Ele passa o dedo, dá pra ela chupar.
E ela chupa, fechando os olhos e se perdendo no gosto dele.
Ainda de olhos fechados, ela se recupera do gozo, se levanta, tira o plug e o consolo de dentro dela e cai num sono relaxado, por hora. Ela quer mais, ela quer ele, não só na imaginação.

Contos SoltosOnde histórias criam vida. Descubra agora