Capítulo: 31

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Bruno Narrando

Todo mundo que estava no hospital, não sabia o que fazer. Os médicos avisaram que Mayk teve outra parada cardíaca, mas ele retornou e está melhor, estava farto andei procurando por quase a cidade inteira e não achei nenhuma pessoa compatível ou que queira fazer uma doação

- Martin, posso falar com você - falou fazendo ele me olhar

Caminhamos até um cantinho afastado

- Martin, você sabe por que aquele homem atirou no mayk, o que você fez para ele - falei quase sem paciência

- a alguns anos atrás eu comprei maconha na mão do chefe do morro atrás da minha casa. Como a gente já se conhecia a muita tempo ele pediu para que eu pagasse depois, essa dívida foi adiando e cada vez foi ficando mais cara, até que um dia as cobranças começaram a fugir do meu controle, eu não tinha dinheiro para pagar e toda vez que eu tinha eles aumentavam o valor da minha dívida - falou ele encarando o chão

- Martin,você tem consciência do que fez. Você poderia ter me avisado, mas não o fez, e agora Mayk está numa cama de hospital quase morrendo por sua culpa- falei alterando um pouco a voz

- eu não sabia que poderia chegar a esse ponto- falou ele com voz de choro

- Martin, eu não estou conseguindo olhar na sua cara. Eu quero que você saia de perto de mim, e fique você sabendo que se o Mayk morrer a culpa é completamente sua. Você vai viver com isso para sempre- falei saindo dali

Sai para fora do hospital e comecei a andar de um lado para o outro, minha cabeça parecia que iria explodir. Consegui muita informação para uma cabeça só é péssimo. Depois de horas do lado de fora do hospital entrei novamente, os pais de Mayk haviam chegado

- como está meu filho ?- perguntou mãe de Mayk

- ele teve outra parada cardíaca, mas o médicos conseguiram reanima-lo- falei vendo a mãe de Mayk chorar

Ficamos sentados na sala de espera, até que um médico aparece com uma prancheta

- boa noite pessoal, a notícia que eu tenho para lhes dar, não é das melhores- falou o doutor mexendo na prancheta

- fale logo doutor- falou o senhor Malik

- o Maycon precisa urgentemente das doações, ele já passou por duas paradas cardíacas e receio que se vier uma terceira ele não irá aguentar, e outra coisa, se as paradas cardíacas não o matar, a falta de sangue pode fazer isso - falou o doutor com cara de preocupação

- como assim doutor ?- perguntei curioso

- se a doação de sangue não for feita em até três horas, o coração do Maycon pode parar de bombear- falou o médico se virando

- então, o senhor está dizendo que meu filho só tem 3 horas de vida ?- perguntou o senhor Malik abraçando a esposa que chorava

- Sim - falou o médico se retirando

Todos ficaram aos prantos com a notícia, sai do hospital e entrei no carro. Havia uma pessoa que poderia me ajudar, mas teria que ser rápido. Acelerei o carro e logo estava na casa da pessoa, toquei a campainha e logo a porta e aberta

- Bruno, o Mayk está bem. Eu dei uma passada lá no hospital hoje de manhã e estava parecendo um velório- falou Laurinha tentando mudar o clima

- Laurinha, eu não sei se te avisaram. Mas eu preciso que você faça o teste para a doação do Mayk- falei encarando ela que estava parada na porta

- e do que ele vai precisar ?- perguntou ela preocupada

- ele vai precisar de sangue e também de um rim - falei vendo ela pegar a blusa- você vai ?- perguntei quando ela abriu o portão

- mas é claro, Mayk e meu amigo. E se eu precisasse doar o meu coração para ele eu doava- falou ele saindo

Entramos no carro e dirigimos rapidamente até o hospital.

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