sobre a finitude dos dias

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olá, posso te chamar de amigo agora?

que saudade de escrever.

mas sei que enquanto escrevo esse texto, o tempo passa.

assim como você, que, enquanto lê vê os segundos se transformando em minutos, e, os minutos em horas, que, consequentemente, se tornam dias, meses, anos, e... ah! tudo tem fim. e isso é tão estranho.

em um dia apenas, eu preciso fazer diversas tarefas, as quais quase nunca tenho coragem e quase sempre tenho preguiça de realizar, então... o tempo passa.

e como passa, me assusta.

mas lá se vai ele, adeus! sei que tu não volta, mesmo que devesse.

e se você voltasse?

eu não faria nada diferente.

mas, mesmo assim, me preocupa saber que você vai...

as vezes gosto de contemplar o céu, enxergar as nuvens passando vagarosamente me dá a impressão de que tudo é finito.

não verei mais aquelas nuvens, nem sei se poderei contemplar aquele mesmo céu e muito menos tenho ciência se estarei viva para poder prestigiar a maravilhosidade da vida.

e viver, no final, parece que se resume a apenas deixar os dias passarem. alguns são bons, outros não.

e essa é a graça.

viver é um vai e vem vasto de várias vivências valiosas.

é mágico e desolador, ao mesmo tempo.

é a vida.



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