olá, querido amor.
se você está lendo esse singelo desabafo, não se martirize. você é minha inspiração, minha luz.
o problema se encontra em outros garotos, outras meninas... outras versões de mim.
em minha existência concordo que sempre confundi amor com fissura, infelizmente, amei demais pessoas que me amaram de menos.
foi desgastante ter consciência que o que eu dava em abundância recebia em escassez, mas... sobrevivi. sou jovem, ainda tenho a vida inteira para errar.
quando você chegou já não me restava esperança, no lugar disso, havia mágoa, baldes, rios e oceanos de dor dedicados à amores que nunca se concretizaram.
você me trouxe de volta a um lugar que eu nunca pertenci, te agradeço por isso.
amar sempre foi tema de muitos poemas meus, escrevia sobre o amor sem, necessariamente, ter amado de verdade.
porém, agora que experimentei essa sensação, tenho medo de perdê-la, pois é sufocante olhar seu carinho todos os dias e saber que, em algum momento, ele vai embora.
eu vivia o hoje, até você aparecer... no momento, eu penso no amanhã, no ontem, no mês seguinte e na semana passada com, medo de te esquecer.
são tantas memórias boas em tão pouco tempo que me sinto cada vez mais feliz.
sei que não posso apoiar em você a minha felicidade, meus sonhos, desejos, anseios... mas tenho plena certeza que você adoraria me ouvir comentar sobre cada um desses temas.
disseram-me uma vez que falar "eu te amo" era algo muito significativo, frase carregada de uma importância imensurável.
e, meu caro amor, não sei se tem consciência disso mas estou amando receber essa frase todos os dias.
enquanto ainda somos nós, amarras, conectados um ao outro por um fio, quero falar para o mundo inteiro que te amo.
então, de noite, ligo para você e digo tais palavras.
amor para você, mundo.
amor para nós, emilly.