Amor, perdão e tantas coisas - Supercorp

44. Epílogo: El Marayah!

Pouco depois do aniversário de seis anos de Linda e Liam, Kara teve um forte embate com um alien hostil, extremamente forte e algumas vezes maior que ela. Infelizmente ela saiu bastante machucada da luta, com vários hematomas e alguns arranhões que não se curavam mesmo sob as lâmpadas de luz solar. Alex tirou amostras do seu sangue nos ferimentos e, em análise, Lena descobriu que o alien em questão possuía veneno nas garras. Quando ela conseguiu isolar e descobrir que substância era, ela adaptou o traje anti-kriptonita para filtrá-lo do organismo de Kara. Enquanto o traje agia, a heroína pediu para continuar o tratamento em casa, não queria ficar mais tempo longe dos filhos, que estavam sob os cuidados de Sam. Era a primeira vez que ela se colocava em tamanho risco e ficava tão debilitada desde que as crianças nasceram. Mas o medo que sentiu de não vê-los crescer e deixar Lena sozinha para criá-los nunca foi tão grande.

Quando chegaram à casa, encontraram Sam e Nick assistindo desenho com os gêmeos e Arthur. Dessa vez Ruby teve que ficar em casa estudando, estava em período de provas no curso de medicina. Assim que viram as mães chegando, eles correram para abraçá-las, como sempre faziam, mas Lena precisou impedi-los.

Lena: Desculpe queridos, mas sua yeyu tá um pouco machucada hoje e precisa descansar, ok?! Vocês podem ajudar a mamãe arrumando essa bagunça na sala e depois podem passar no nosso quarto pra dar boa noite, sim?

Linda: Yeyu, tá doendo?

K: Tá doendo um pouco sim, princesa, mas já vai passar. Amanhã a yeyu já vai estar bem.

Liam: Mas você nunca se machuca, yeyu...

K: Eu sei querido, mas hoje foi mais difícil.

Linda: Você bateu nele, yeyu?

Lena: Linda! – Ela fala em tom de repreensão, fazendo Kara rir.

K: A yeyu sempre pega eles, não pega?!

Liam: Você é a maior!

Lena revira os olhos com o diálogo, mas não pode deixar de achar fofo como eles são os maiores fãs da Supergirl.

Vendo a dificuldade para Kara se locomover, Sam ajuda Lena a levá-la pro quarto e acomodá-la com as lâmpadas. Enquanto isso, Nick ajudava os primos e o irmão a arrumarem a sala. Sam ainda ajudou a dar banho nos sobrinhos antes de deixar a casa da família Luthor-Danvers para que descansassem em paz. Mas quando as crianças foram até o quarto para dar boa noite para suas mães, Kara pediu que Lena deixasse os gêmeos dormirem com elas. A desculpa era tranquilizá-los quanto ao seu estado de saúde, mas a verdade é que ela ainda estava amedrontada pela possibilidade de não voltar para casa. Lena sabia ler cada nuance da sua esposa e sabia que tinha algo mais por trás do seu comportamento. Mas se Kara precisava de uma noite dormindo grudada nos filhos para se sentir melhor, ela não se oporia.

L: Tem certeza, querida? Eles podem se mexer durante a noite e chutar seus machucados.

K: Tudo bem, eu já me sinto melhor. Só preciso deles aqui, por favor.

L: Claro amor, tudo bem. – Ela fala, compreensiva.

No meio da noite Lena acorda escutando um choro baixo, que não era de Linda ou Liam, e acende o abajur que fica do seu lado. Quando olha para o outro lugar ocupado na cama, vê Kara chorando, olhando os filhos dormirem, acariciando seus cabelos.

L: Hey, amor, o que houve? Você quer conversar?

Kara limpa as próprias lágrimas.

K: Eu não posso mais fazer isso, Lee.

L: Isso o que, meu bem?

K: Lutar desse jeito, me arriscar. Hoje, quanto mais eu apanhava, eu só pensava se conseguiria voltar pra casa, pra vocês, e eu simplesmente não posso não voltar. Meu coração não estava lá Lee, estava aqui, com vocês. Eu não estava na luta por inteiro, por completo, e talvez por isso meu desempenho não foi o melhor...