33. Conhecendo Argo City

597 65 8
                                    

As semanas que se seguiram se tornaram cheias e agitadas. Não é fácil planejar um casamento sendo heroínas e comandando grandes empresas ao mesmo tempo. Para isso, Kara e Lena estavam se desdobrando ainda mais e contando ativamente com suas madrinhas. O pouco tempo que sobrava estavam usando para um descanso merecido e aproveitar a companhia uma da outra. Mesmo noivas elas ainda amavam fazer os programas da época em que eram só amigas, como uma simples noite de filmes deitadas no sofá sob o calor confortável de um cobertor. Era bom lembrar que continuavam sendo a melhor amiga uma da outra. No meio desse clima tão doméstico e confortável Kara aproveitou o intervalo entre um filme e outro para iniciar um assunto importante:

K: Sabe, hoje falei com minha mãe, Alura.

L: Hm, e como foi? Tudo bem com ela e com Argo?

K: Sim, na verdade foi ela que fez a chamada via holograma dessa vez. Ela disse que comunicou o Conselho sobre o meu noivado. Por que, no caso, após o casamento você se torna oficialmente membro da Casa de El, e os membros têm direito a um lugar no Conselho, essas coisas burocráticas de governo.

A loira fala como se fosse a coisa mais banal do mundo, entre um potstiker e outro.

L: Amor, eu nem tinha me tocado disso! Uma Luthor membro da Casa de El! Uma pena eu não poder esfregar isso na cara do Lex e da Lilian.

Elas acabaram rindo da ironia.

K: Mas enfim, a parte importante é que ela disse que seria bom que nós fôssemos a Argo para te apresentar ao Conselho oficialmente. E eu pensei que seria uma boa oportunidade pra você conhecer a cidade, e a minha origem.

L: Uau! Uma viagem à Argo!

K: Então, posso dizer a ela que vamos?

L: Sim, claro! Eu nunca perderia uma oportunidade dessas!

K: Ok, eu vou combinar os detalhes com ela.

[...]

A viagem foi programada para dali a um mês, já que estavam com suas agendas cheias, contando com os preparativos para o casamento e Kara pretendia passar alguns dias na companhia da mãe, não poderiam simplesmente parar tudo e ir. Para facilitar o processo, Lena ajustou as coordenadas da casa de Alura, em Argo, ao seu portal, que podia ser acionado pelo seu relógio. E quando estavam com tudo pronto, partiram.

Ao passarem pelo portal estavam exatamente em frente à porta de entrada da casa e Alura as esperava.

K: Yeyu, que saudade! – Kara partiu para abraçar fortemente a mãe, se sentindo livre por não precisar medir a força.

A: Eu também querida, eu também! - Alura retribui na mesma intensidade. E assim que encerram o contato ela volta sua atenção para a futura nora. – Lena, querida! Como vai?

L: Olá, Alura! Tudo bem, e você?

A: Estou ótima, agora que vocês finalmente vieram me visitar. Vamos, entrem, vou levar vocês até o quarto da Kara pra se instalarem, depois podemos conversar melhor.

Depois das meninas estarem devidamente acomodadas, Alura as aguardava para jantar. Durante a agradável refeição, elas colocaram os assuntos em dia: como estavam seus trabalhos na Terra e o noivado, preparativos para o casamento... Enquanto Alura explicava a elas como iria proceder a apresentação de Lena ao Conselho e todas as questões legais referentes ao casamento. Uniões de kriptonianos com outras raças eram extremamente raras, e envolvendo um lugar no Conselho, elas poderiam enfrentar algumas dificuldades.

Ao saberem que a noiva em questão era a única cientista conhecida capaz de sintetizar Harun-El, o conselho se dividiu em opiniões. Alguns achavam uma vantagem ter essa inteligência a serviço de Argo, outros achavam imprudente confiar em outra raça, especialmente de um planeta atrasado como a Terra, ainda mais uma mulher que poderia ter tanto poder sobre Argo. Para tranquilizá-los, Alura negociou uma apresentação de Lena sobre a kriptonita preta, e aproveitando a ocasião, toda a comunidade científica de Argo estava convidada para assistir essa explanação e todos teriam a oportunidade de fazer suas perguntas a ela.

Amor, perdão e tantas coisas - SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora