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Pov. autora

Já havia se passado dois dias que a garota havia sumido.

Dois dias que Max não pregava o olho.

Dois dias que Cindy se culpava a cada segundo do dia.

Dois dias em que S/n lutava pra não surtar ou pra não morrer.

O portal foi encontrado por Hopper, mas as buscas pela garota que não chegavam ao fim nunca e como o mesmo tinha sido aberto novamente era o que preocupava a irmã e os amigos.

Sério gente, eu ainda não acredito que vocês não contaram que viraram amigos da garota bonita do café– Diz Eleven com um tom de indignação.

Ta Eleven, desculpa por não ter contado, mas não é hora pra isso.– Max diz perdendo a paciência.

–Tudo bem, mas não é como se eu fosse conseguir realmente ajudar ela, meus poderes não funcionam.

Tem que ter outro jeito, no ano passado Hopper e Joyce fecharam sem precisar de você, não foi?–Steve disse, Dustin havia sem querer contado para o mesmo e para Robin.

Sim, mas havia uma máquina que fechava o mesmo, dessa vez não tem nada, apenas a porra de um buraco que dá pra esse lugar maldito.–Dustin diz.

Durante a discussão dos mesmos Max decidiu se retirar, não aguentava mais um segundo longe da garota, e não conseguir ajudar estava matando a mesma por dentro.

Ei, ela vai ficar bem.– Lucas diz, após ir atrás da mesma quando percebeu seu afastamento.

Eu acreditaria nisso se não conhecesse ela.

–Nós vamos encontrar ela viva, eu te prometo.

Como resposta recebe um fraco sorriso, com isso preferiu deixar a mesma sozinha que logo soltou um longo suspiro.

Que você esteja certo, Lucas.

(...)

Já no nosso querido mundo invertido, a menina tentava a todo e qualquer custo não morrer, o frio e a fome já se faziam presentes até demais, sentia sua pele gelada como nunca antes.

Fora a imensa coisa preta da qual ela se escondia há dois dias.

Já havia perdido a conta de quantas vezes a mesma tinha chorado nesses dias.

De medo.

De saudade.

Nunca havia sentido medo de morrer, não como agora.

Eu não aguento mais.– A garota tremia como nunca.

Quando um barulho alto é escutado, havia passado esses dois dias escondida no porão de sua casa no mundo invertido, e agora parece que a coisa preta havia encontrado ela.

Puta merda.– Sussura se preparando pra morte, não tinha pra onde correr, o cômodo não tinha janelas e se fosse para o andar de cima, estaria ainda mais perto da morte.

Passou o olhar pelo lugar, e decidiu entrar no minúsculo armário que tinha no local, mal cabia a mesma ali.

Foda-se, é isso ou a morte.

Ficou alguns belos minutos escondida naquele minúsculo lugar, sabia que seria encontrada em breve, aquela coisa já tinha destruído metade do local.

E continua sentindo a presença do mesmo no local, cada vez mais perto.

Perdeu a conta de quantas vezes já tinha pedido a todos os deuses para que deixassem ela viva.

(...)

Isso tem que dar certo.– Hopper diz pra Joyce, não queria contar a ideia que havia tido pra retirar a garota e fechar o portal novamente para os mais novos, com certeza eles iriam querer participar e já havia gente demais correndo perigo.

E vai, eu não vou deixar mais ninguém sentir o que meu filho sentiu, ela não vai aguentar tanto tempo igual ele Hopper, a cada vez que volta, volta mil vezes pior.– Olha pro agora noivo com preocupação estampada no rosto.

Pegou tudo?

–Sim.– Disse entregando a roupa que o iria proteger, e uma extra caso a mais nova que eles iriam salvar precisasse, e junto mais algumas coisas.

Quando eu voltar, você sabe o que fazer, não importa que eu vá voltar sozinho ou não.

A mulher apenas concorda, com um olhar de extremo desespero.

(...)

O armário havia sido destruído, fazendo a menina entrar em desespero.

Não, por favor Deus, não.–Disse com a voz já falhando.

Tentou ao máximo de esquivar da coisa já que não tinha pra onde correr, o que na verdade foi bem difícil já que não comia há dias.

Uma distração.

Garras no seu pescoço.

A menina se debatia como nunca, mas não tinha nem metade da força daquela coisa preta.

A coisa apertava o pescoço da garota com vontade, mas não parecia querer devorar a mesma, pelo menos não viva.

É como se quisesse ver a mesma sofrendo, chorando e desejando como nunca para que não morresse.

A menina tentou de tudo, usou todas as forças do seu corpo indo embora, o corpo da mesma havia ficado mole, a vista logo escureceu e logo o corpo da mesma aparentemente sem vida havia sido jogado no chão.

Eai meus amô, como cês tão?

TÔ 50% IMUNE CARALHO, DEPRESSÃO? NUNCA TIVE.

amo vcs.

Beijinhos, titia Mari.

Porque eu te amo. (Max mayfield/you)Onde histórias criam vida. Descubra agora