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Pov. S/n

Ei pombinhas.–Cindy entra atrapalhando meu momento com Max.– Max vaza, deixa eu roubar minha irmã um pouco.

Vejo Max olhar feio pra ela, me dando um beijo na bochecha e saindo do lugar com um bico nos lábios.

Logo Cindy aperta os passos em minha direção e me abraça, passamos alguns segundos ali e sinto meu pescoço molhado pelas lágrimas da garota.

Eu pensei que fosse te perder, me desculpa, por favor me desculpa, eu me atrasei e quando cheguei você já não tava mais lá.–Ela falava sem parar nem para respirar.

Shh, tudo bem, eu tô aqui agora meu anjo, a culpa não foi sua Cindy, eu que deveria deixar a curiosidade de lado um pouco.–Tento passar conforto pra mesma.

O que ele fez com você?– Ela me analisa de forma preocupada.

Apenas tentou me matar.–Solto uma risada fraca.

Para de brincar com algo assim, você poderia ter morrido de verdade sabia? Seu coração quase parou.

–Talvez tivesse sido melhor, tô desde que acordei com a cena daquela coisa vindo em minha direção na minha mente, isso acontece tipo, repetidas vezes Cindy.

–É apenas muito recente monstrinho, prometo que vai passar.

–Tenho medo de voltar pra casa e ele estar lá de novo.

–Fique tranquila, você nunca mais vai ter que passar por algo assim, muito menos sozinha.

A conversa é cortada com um bando de gente entrando no quarto.

Eai menina bonita da sorveteria.–Vejo Robin sorrindo ao me ver.

Eai coisa linda.–Eu digo de volta e vejo Max revirar os olhos.

Agora você sabe o porquê de me chamarem de menino zumbi.– Will diz e eu lembro da pergunta que fiz pra ele no primeiro dia de aula.

Só preferia não ter descoberto desse jeito.– Digo rindo fraco.

Max vem em minha direção e logo sinto a mesma entrelaçando nossas mãos.

Agora você tá bem, e é isso que importa né?– Ela diz e eu apenas concordo com a cabeça não tendo tanta certeza sobre.

Ei pessoal, preciso que vocês se retirem, agora que a mocinha acordou podemos finalizar alguns exames para enfim liberar ela.– Um homem alto e de jaleco aparece na sala.

Logo todos se retiram, ficando Max por último.

Eu te amo.–A mesma sussura e logo se afasta.

Eu te amo mais.– Falo de forma muda pra mesma, na intenção que ela fizesse leitura labial.

Como se sente?– O homem diz assim que Max sai do local.

Bem.–Minto.

Bom, isso é ótimo, mas ainda sim preciso verificar seu pescoço e fazer mais alguns exames, pode ser?–Balanço a cabeça positivamente.

Ele fica alguns minutos analisando meu pescoço e fazendo várias e várias perguntas.

Logo ele se retirou me deixando sozinha, finalmente estava sozinha. Sinto meus olhos encherem de lágrimas e uma vontade imensa de gritar me invadir.

Meu pescoço doía.

Meu corpo todo doía.

Era como se eu ainda estivesse sendo enforcada pela sombra.

A cena se passava repetidas vezes em meu cérebro, como um disco arranhado eu diria.

Eu tô com medo.

Medo de acordar naquele lugar escuro e isso tudo ser apenas um sonho.

Medo de voltar pra aquele lugar.

Sinceramente sinto medo até de respirar no momento.

Eu vejo ele parado no canto do quarto, observando cada movimento meu e isso me assusta.

Lágrimas já não eram mais controladas, eu sintia a falta de ar me invadindo pouco a pouco.

Minha vista estava embaçada.

1,2 respira.

1,2 respira.

1,2 respira.

Eu não conseguia mais.

A falta de ar já havia me invadido por completo.

Ei, ei, ei, tá tudo bem, se acalme.–Escuto a voz do médico.

S/n!– A voz desperada de Max também se fez presente.

E a voz dela foi a última coisa que eu escutei antes de ser apagada.

Eai meus amores cap meio nada haver, mas tava no tédio e queria escrever algo.

beijinhos, titia Mari.

Porque eu te amo. (Max mayfield/you)Onde histórias criam vida. Descubra agora