Vida Boa!

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Declaro oficialmente aberta as postagens de QBVC2- Não vá embora!

Muiiito obrigada pelo carinho meninas, vcs estão em meus coração...
Parabéns pelo seu niver Julia, vc merece tudo de bom...

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Naquela manhã eu quase não podia sentir meu corpo, ele protestava veemente por uma cama. Mas no entanto, senti algo molhado a todo momento acariciar o meu rosto, para logo depois sumir. Estranho era que aquilo tinha se tornado uma espécie de despertador, e sempre me deixava com um sorriso no rosto ao abrir os olhos e ver os que tanto me admiravam. Andrew com toda sua intimidação, tinha conseguido amolecer, e nele se via absolutamente tudo em que um pai de família precisaria. Eu o amava, e agradecia todos os dias por poder estar com ele.

Há nove meses atrás, sofremos nas mãos de quem eu menos queria por perto. Clóvis nos pegou e não teve escapatória, colocou nosso amor a prova, e como deve ser, depois de um mês separados, resistimos juntos. E para mais surpresa ainda, Andrew soube ligar os fatos e praticamente ler a minha mente. Até hoje ele me esconde o que foi feito naquela noite em que permaneci desacordada, com a Bruna. E quando perguntei para Nathalia, vi só um sorriso diabólico transpassar o rosto da minha amiga. Conhecendo a minha amiga como eu conheço, eu podia jurar que Bruna sofreu. Mas não ligava muito. Ela tinha dado leite a minha menina, Sofia que agora era a grande alegria da casa, lembro que nesse dia, eu e Andrew ficamos desesperados, e ele derrotado por pensar que eu duvidaria dele, foi um desentendimento sem fundamento, gerado pro falta de diálogo.

Tia Rosane está ainda internada, para meu grande alívio. Não ouço e nem quero saber notícias dela, por mim que passe lá o resto da vida. Esse ciclo foi fechado assim que o caixão de Clóvis foi abaixado em minhas vistas. Ela e vovó morreram junto com ele para mim. Ninguém pode me condenar por tal julgamento, queria esquecer de tudo, eu não sofria mais pelas conseqüências dos abusos. Porém, o rosto das duas só contribuíam para minha raiva, e acho que isso não passaria nunca.

- Não Drew! Me deixa dormir. - Resmunguei, passando a mão em meu rosto. Porém, dessa vez, não ouvi nada, como costumo ouvir toda manhã, a sua risada, ou alguma piadinha dando o duplo sentido de que eu era boa de cama. O que não podia negar, eu e Andrew cada vez mais estávamos aprimorando o nosso próprio kama Sutra. Abri um sorriso com o pensamento, e acabei levando uma lambida nos dentes. Conheço cada mínimo detalhe de seu corpo, e podia jurar, mesmo em minha névoa causada ainda pelo sono, que esse não era ele. Abri meus olhos devagar quando me dei conta de que vinha um ar quente em meu rosto, e um cheiro que eu não conseguia identificar como era, parecia... Carne. Ai meu Deus! - Sai daqui, Vei! - Pulei na cama quando me dei conta que ele estava em cima de mim, com seu bafo batendo em meu rosto. Ele contrariando todos os seus fundamentos, colocou suas duas patas dianteiras em meu ombro, e começou a lamber meu rosto impertinentemente. A cada lambida, era uma labada de seu rabo que eu ganhava no braço. Por fim, desisti de lutar e acabei cedendo a ele. Vei era um meninão, sempre brincalhão e achando que tínhamos a obrigação de sustentar seu peso. Hilário era às vezes em que parecia olhar para gente pedindo colo.

- Você fica linda quando acorda. - Viro meu rosto assim que escuto sua voz. Suspiro e mais uma vez quando me distraio, Vei me derruba em cima da cama. Andrew está encostado no batente da porta, com suas mãos no bolso da sua calça de moletom, e uma camisa azul escura, grudada em seu peito. Parece que estava prestes a sair.

- Você iria sair sem se despedir de mim? - Faço bico, e começo a alisar a barriga de Vei, só assim ele fica quieto e eu posso ter uma conversa com meu noivo. Ah sim, grande feito. Andrew me pediu em casamento no final do ano passado, logo na festa de casamento do meu irmão, Junior. Laís e ele se casaram na igreja Nossa Senhora Rainha, em Nova Lima, e Andrew bancou, como presente dos padrinhos, a recepção na boate. Tudo estava correndo bem, até que Andrew sumiu e a música começou a tocar no fundo. Nunca vou me esquecer daquele momento, quando ele me entregou a minha aliança e me pediu em casamento, olhando nos meus olhos. Andrew reuniu todos os homens que eu possa ter alguma "intimidade" e me fez essa tamanha surpresa. Hoje eu carrego um chaveiro, como diz ele, o meu 'amuleto da sorte', se saio sem ele me sinto vazia.

Não Vá embora (COMPLETA ATÉ 05/08)Onde histórias criam vida. Descubra agora