O que amo!

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Olas minhas meninas!!!

Vou postar um capítulo agora, e vou TENTARÁ postar outro no fim de semana. Vou viajar e não sei se vou ter internet suficiente. Então segue mais um... Capítulo composto pela rotina, agora as coisas esquentam 😁😁😁
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Abril passou mais rápido do que um piscar de olhos. E com ele a minha vontade de levantar da cama. Essa que estava tão aconchegada, quente. Abraçava meu corpo de todas as formas possíveis. Não, definitivamente eu não queria nem sequer abrir o olho nesse tempinho gostoso para namorar. Os únicos sons que eu estava escutando era os da chuva, e do ar ligado. Era por isso o ar frio. Uma dor na minha barriga me fez atenta ao motivo de ter despertado. Abri os olhos e notei Andrew ressonando baixinho, enquanto um calafrio me subia na espinha. Droga de período menstrual! Fechei meus olhos o apertando, esperando que com esse movimento a dor sumisse. Mas, eu sabia que seria inútil, uma vez que estava no começo.

O tempo passava enquanto me encolhia, mas a dor nunca passava. Olhei para o relógio e ainda não passava das oito. Cedo, muito cedo para um sábado chuvoso. Eu só queria ficar na cama, não com dor. Cólicas em toda minha vida me atormentou, mas ultimamente elas estavam demais, sempre vindo em cada vez maiores proporções. E para completar, tinha que lidar com o mau humor de Drew sem poder protestar, afinal eu tambem ficava frustada por não ter sexo.

Deixei que meus pés escorregassem para o chão de cerãmica preta, frio. Estava de pijama, curto. Quando estava menstruada me recusava a dormir nua. Mais um motivo de picardia para ambos. Meu corpo já tinha se acostumado a não ter roupas, nada. Apenas nós dois entre lençóis. Dei uma última olhada a Andrew e vi quando seu corpo procurou pelo meu, pegou o travesseiro abrançando-o, e voltou a dormir. Senti inveja pelo seu estado indolor.

Desci a escada depois de ter ido ao banheiro e ter feito minha higiene. Andei apressadamente passando pela sala. Aparentemente Sofia ainda não tinha acordado, a casa estava silenciosa demais. Na cozinha estava apenas Martha, mexendo nas panelas, o cheiro seria convidativo, se não fosse meu estômago retumbado com a dor em meu útero.

- Tão cedo Liza? - Disparou Martha. Olhei em sua direção e vi um habitual sorriso em sua face. Aquilo me irritou. Qual o problema de acordar cedo? Tudo bem que eu, Andrew e Sosso nos fins de semana parecíamos fazer parte da cama. Mas quando eu deixei de ser uma pessoa da manhã?

- É. - Me limitei a responder. Apesar da minha cabeça ter pensando em um "acho que tenho direito", ou então "algum problema com isso?", admiti para mim mesma que estava chata, e segui em direção a caixinha de remédios. A peguei e vasculhei, olhei de cabo a rabo, estava quase a pondo de ponta a cabeça para ver se o remedio caía de um fundo falso. Martha estava em silêncio, nada falou, porem, seu rosto era suspeito. - O meu maldito Remedio não está aqui. - Meus dentes cerrados fez a minha voz sair mais sobressaltada do que queria.

- Ah - Martha pareceu surpresa, mas esse sentimento permeiou seu rosto por apenas questão de momentos, e novamente seu sorriso se fez presente, aquele acolhedor. Me acalmava. Sorri pela primeira vez aquele dia. - Menina, você tem que ficar mais calma. Está em um turbilhão de sensações. Respira e inspira, respira e inspira. - Ela dizia calma. Caminhou em minha direção e me deu um abraço materno. Só naquele momento eu percebi como eu sentia falta da minha mãe. Ela sempre tinha um ingrediente a mais para esses dias, um chá, ou então uma compressa de água quente. Deixei escorrer uma lágrima. - Seu remédio acabou, Andrew tomou ele todo para dor de cabeça. - Pronto! Meu sorriso já se desfez. Pra que merda ele tomou meu comprimido para cólica a fim de dor de cabeça? Ele não conhece Neosaldina? - Mas ele prometeu que compraria mais. Assim que ele acordar ele vai. Vou fazer um chá pra você enquanto isso. Volte para cama, e tenta relaxar. - Acenei com a cabeça, ainda sentia raiva, mas não seria justo tirá-lo da cama para o fazer comprar o maldito remédio. Ou seria? Subi as escadas, pensando em algum jeito de acordá-lo, uma marreta e sapatos de salto alto fino vieram em minha cabeça, acertando logo sua virilha, mas tirei de cabeça. Aquilo também me prejudicaria mais tarde. Mas nada me fazia acalmar a raiva, estava nervosa, ainda poderia pegar seu pescoço e torcê-lo em minhas próprias mãos. Deveria fazê-lo sentir o que estou sentindo, para ele enfiar esse maldito remédio na ... Respira, inspira, respira, inspira. Repeti o mantra de Martha quando cheguei no meu quarto, deitei na cama sorrateiramente, com o corpo torto, por que nem o inferno do travesseiro eu tinha poder sobre ele mais.

Não Vá embora (COMPLETA ATÉ 05/08)Onde histórias criam vida. Descubra agora