Experiencias novas

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O vento mais uma vez batia em meu cabelo. Estava certa de que ele estava lotado de nós. Mas eu não me importava, estava abraçada a pessoa que eu mais queria estar no mundo. Como um sentimento toma conta da sua vida, e mesmo sem querer nos tornamos completamente dependentes da outra pessoa.

Suspirei enquanto Andrew descia da moto e me ajudava com meus pés no chão. Eu estava parcialmente irritada com ele. Pelo visto, nossos gostos cinematográficos nunca batiam, isso era uma miséria.

- Aquele filme é ridículo! - Andrew fala tirando seu capacete. Pega minha mão e me puxa contra si. Sua maneira de falar foi divertida, e seu jeito de me abraçar dizia que ele estava apenas me instigando. Ele gostava disso.

- Como você pode falar isso? - Pergunto realmente chocada. Mesmo dando o ar de indiferença, é impossível não sentir sua mão apertando a minha bunda. - É a mais linda prova de amor. - Novamente eu suspirei. Não que as provas de amor de Andrew sejam banais, ou coisa assim, mas é que sempre quando o final é triste, faz o meio ficar mais lindo. E longe de mim um final triste, por isso eu não me importo com o meu meio.

- Um cara levar a menina para a divisão de dois países, simplesmente por que ela vai morrer? - Tira o cabelo do meu rosto, e o prende junto com sua mão na minha nuca. - Não... Prova de amor é o que as pessoas comuns fazem, mesmo não sabendo quando que seus parceiros vão morrer. - Pode ser mais lindo? Tenho certeza que depois dessa eu me derreti toda.

- Todos nós vamos morrer. Ele satisfez um desejo dela, casou com ela, fez tudo que ela queria.

- E ela morreu! - Andrew deu um leve roçar de labios nos meus. - Eu faço tudo por você Liz, se você quiser eu te levo na divisa com o Paraguai. - Da uma risada debochada.

Oi? Do Paraguai?

- Só se você entrar debaixo das cataratas do Niagra comigo. - dou um leve piscar de cílios. Entro na sua.

- Ah sim! Ai morremos juntos e cumprimos direitinho com o casamento, antes ainda dele acontecer. "Até que a morte nos separe". - Podia sentir a tensão no seu corpo. A frustaçao tomando conta de todo ele. Estávamos falando de um filme lindo, e como todos que acho nesse quesito, esse não seria diferente "Um amor para recordar". Todos os meus prediletos tem uma pitada de drama, se não é o filme inteiro. Andrew não gosta, já se manifestou muitas vezes a até aposta fazemos de vez em quando. Para ele, de drama, já basta as nossas vidas e problemas. Eu discordo dele, às vezes vê que você pode estar numa pior, te faz dar sentido à vida que tem.

- Eu não preciso morrer cedo para confirmar a lei do "Te amarei até morrer" - Minha boca se curvou em um meio sorriso quando notei que a tensão do seu corpo tinha se dissipado. - Acho que o assunto tá um pouco mórbido. - Fiz uma careta. A sua mão que estava em minha bunda, me apertou em direção à sua ereçao, que já estava pronta para mim (difícil era saber quando ela não estava). Fechei meus olhos e senti seus lábios tocando os meus. Primeiro ele passou uma lingua no meu labio inferior, depois no superior, mordeu ambos. Já estava pedindo clemência para ele possuir minha boca, quando sua língua entrou em contato com a minha, e toda a frustaçao foi embora. Os pensamentos divergentes ficaram para trás, só nos restava desejo, saudade. Passei minhas mãos por seu pescoço, fiquei na ponta dos pés e deixei seu corpo se fundido ao meu, na melhor dança sensual que fazíamos.

- Pronto! Agora o assunto começou a ficar quente. - Seu sorriso de canalha, emoldurava a sua face de orelha a orelha. Ambos sabíamos o poder que tínhamos com o outro, e nada nos impedia de usar isso deliberadamente. - Agora vamos entrar, antes que eu te coma aqui fora.

- Se você pudesse, me comeria em qualquer lugar. - Fingi estar frustrada com a situação, ergui minhas mãos e bati com elas em minha cintura. - E eu ainda não posso. Estou naqueles dias. - Dei um selinho em sua boca, deslizei minha mão por seu peito, e peguei sua mão. Me virei e caminhei em direção a porta.

Não Vá embora (COMPLETA ATÉ 05/08)Onde histórias criam vida. Descubra agora