Capítulo 9 - Amigos não são eternos

0 0 0
                                    


Na favela do Sangue Frio, após sairem da reunião que ficou decidido as novas funções de cada um, Jessie se torna um deles, vestindo a roupa da Jorel Vermelha enquanto anda junto a Renatinha e outro menino.

– Como dito na reunião, nós somos os responsáveis diretos pela proteção de São Jorel, qualquer coisa que venha acontecer dentro dessa favela vai para nossa conta. —Explica Renatinha para ambos. Parando na frente de Jessie, ela acrescenta algumas informações. –Aliás você deve ter sentido sensações estranhas por causa das luzes, estou certa? Pois bem, a verdade é que aquelas luzes são energias dormentes do tipo elétrico. Se você quer tentar nos trair, pode tentar, mas podemos te eletrocutar em um piscar de olhos.

Ao escutar aquilo, Jessie fica um pouco surpresa mas disfarça com um sorriso. "Filha da puta. Eles realmente não estão pra brincadeira. Provavelmente perceberam que só roubar meus espíritos não ia ser suficiente.". Ela respira fundo e continua a pensar. "Relaxa Jessie, você se vingára de todos esses malditos. No tempo certo, principalmente dele."

No Setor Alpha, na casa de Julia Borges, ocorre uma reunião com alguns dos heróis do esquadrão dela, conhecido como Circular. O assunto para que eles se reunissem é sobre o inicio de uma investigação.

– Peço desculpa por chamar vocês tão cedo aqui mas o caso é de extrema importância. — Começa Julia a explicar.

Os heróis presentes esboçam expressões de tédio, alguns até bocejam. Mas Julia continua:

– Ontem eu tive uma conversa com o Presidente e ficou decidido que eu seria a responsável por continuar as investigações sobre o tráfico de drogas na região de Canalles e o Setor Leste.

– Investigações? — Questiona uma das heroinas, Ezza.

– Sim, investigações. — Prossegue ela. – A verdade é que eu tenho poucas pistas sobre o que estou procurando mas acho que sei onde podemos começar.

Grande parte dos que estão ali continuam desinteressados, mas Kaidu resolve entrar na fala:

– Ou garotinha, por que isso agora? Já não basta a gente ter que ficar andando por toda cidade, não?

Se sentindo um pouco ofendida ela responde:

– Eu não sou mais uma garotinha, Kaidu, sou sua líder e exijo respeito. O Esquadrão da Patricia já fica nas ruas mesmo com a gente, então se a gente focar nessa investigação, não teremos problemas quanto á isso.

– Chatooo! — Caçoa Eduarda cantarolando, deitada no sofá. Se levantando dele, continua: – Olha só, investigação para mim é chato demais, então se não for para impedir o exército do Pouz ou um apocalipse, eu não vou mover nenhum músculo.

– Tô junta. — Concorda Ezza.

Desrespeitada é como Julia se sente apesar de se conter mas contrariando as respostas anteriores, Édina responde:

– Julia, eu até te apoio na investigação mas vai rolar um aumento no salário?

– É claro que não, isso não é hora extra. — Responde Ezza no lugar.

– Não? Mas a gente não vai ter que trabalhar mais?

– Na verdade a gente só vai substituir o que sempre faz para investigar. Então seria como arrumar um novo emprego. Não é garotinha? — Diz Kaidu.

Julia um pouco à flor dos nervos, o responde:

– Eu já disse que eu não sou garotinha, seu maldito.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jan 10, 2022 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

(RASCUNHO Público)Jully: A ameaça da Jorel VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora