Essa história se passa na capital da região Santificada, São Jorel. Os dias são monótonos e tranquilos nos padrões dela mas apesar da paz temporária que a cidade vive, uma má lembrança retorna para assombrar. Quem são? O que querem? O que Jullyana W...
Caminhando pelas ruas da cidade Julia Borges procura criminosos e pessoas encrenqueiras para serem tiradas das ruas, porém desde às sete e pouco, ela não encontra ninguém. O que é um bom sinal para cidade mas não exatamente para ela. A heroína tem uma filosofia de vida que a guia.
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São Jorel no ano de 2004, uma garota de 13 anos treinava seu chute e dentre outros golpes no quintal de sua casa. Já estava entardecendo.
Dentro da cozinha, dois adultos conversavam enquanto preparavam a janta.
–Não acha que está sendo um pouco rude no treinamento dela, amor? — Disse a mulher que se mostrava preocupada.
O homem andou em direção a porta, observou a menina treinando, e com um sorriso ele respondeu:
–Nossa filha vai ser a melhor das melhores. Ela ainda vai nos dá muito orgulho.
–Eu já tenho orgulho dela. — Escutou o homem o sussurro.
Hã? — Questionou ele.
–Eu já tenho orgulho dela! — Aumentou ela o tom de voz apesar de ter mantido a cabeça abaixada. – Ela não precisa se matar para me orgulhar, não estamos em tempos de guerra.
Entrando na cozinha correndo, a garota perguntou:
–O que foi mãe, por que gritou?
A mãe e o pai ficam meio constrangidos.
–Não foi nada Júlia... mas então você já terminou sua sequências de chutes?
–Não.
Aproximando dela, ele disse:
– Então vamos lá terminar.
Conforme os dias se passavam, mais duro a garota treinava mesmo que sua mãe não gostasse tanto da ideia.
No ano seguinte, Júlia e sua mãe tiveram que ir às pressas para Caderopólis, uma cidade do interior. A capital acabava de entrar em um conflito com a Jorel Vermelha. Antes de se despedirem, o pai dela sendo um herói disse que teria que ficar e ainda acrescentou:
–Filha, aprenda uma coisa com todo esse caos, se por acaso as coisas estiverem dando muito certo, não abaixe a guarda, mantenha-se em alerta pois o perigo é iminente. O mundo é um lugar podre que somente os mais precavidos poderão sobreviver. Filha, o mal nunca para, apenas acumula.
Aquelas palavras foram as ultimas que ela ouviu de seu pai.
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No presente Júlia continua procurando por algum conflito, ela percorre andando parte da cidade. Sempre com os olhos atentos, sempre com o corpo preparado para o combate. Conforme ela procura o tempo se passa, são exatamente 11:09 da manhã. Julia toma um picolé junto a um velho simpático ao seu lado. "Eu realmente preciso de terapia."
Um pagode começa a tocar. É o celular de Julia. "Presidente?", diz em pensamento, ao ler o nome do contato. Ela atende.
–Alô?
Após ouvir tudo, Julia se levanta com os olhos arregalados e começa a correr a toda velocidade superando até mesmo alguns carros.
Na mansão Whaterson, Vanessa começa preparar a comida à espera do retorno das duas. Josemar cuidadosamente termina de limpar o carro.
Após ter limpado, Josemar vai até a cozinha.
–Ou, Vanessinha de Jesus. Será que tu poderia me arrumar um aperitivo. Pouca coisa assim, sabe? — Pede ele uma guloseima enquanto movimenta as mãos.
–Pega aí, hm. —Responde ela curta e grossamente enquanto cozinha. –Ai, ai, daqui a pouco eu vou ter que dá comida na boca de um homem véi desse. Como se já não bastasse as duas pirralhas, quer dizer a robôzinha até vai que pelo menos arruma o próprio quarto, mas a mais velha... só por Deus.
Josemar rindo, comenta sobre as garotas também:
–Ai, Vanessa, mas mesmo assim elas são umas benção, sabe. E você sabe como é difícil achar pessoas da classe delas que no mínimo nos dá um bom dia.
–É, é verdade, agora sai fora daqui.
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"Porque eu sinto como se estivesse indo direto pro fundo do poço?", pensa ela observando de canto a porta e caminhando até a sala.
"Afinal que ameaça é essa? Quantos foram chamados dessa vez?" continua ela se aproximando e abrindo a porta.
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–Aproxime-se. A reunião começará em alguns instantes. — diz David Hendrick, o vice- presidente dos Heróis.