Capítulo 8

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                                Victor

— Drogas Bárbara sério ? - Alan balança a cabeça frustrada .

Babi resmungou pra caralho mas eu arrastei ela pra casa

E o treinador ficou puto quando viu

Quando ele me perguntou falei a verdade, não devo nada a essa mimada .

— já não basta os malditos cigarros - ele passa a mão pelo rosto - agora drogas ilícitas também ?

Bárbara continua sentada no sofá sem reação nenhuma .

Ela apenas encara a parede

— vá pro seu quarto- a garota levanta e sobe a escadas de dois em dois degraus.

Me jogo no sofá

Não sei o que dizer

—Drogas - Alan resmunga se jogando no sofá - Flávia não me contou sobre isso .

Tá o que se diz em uma situação dessa .

— eu não entendo, a gente se dava tão bem - ele diz baixinho- éramos tão próximos

— pessoas mudam Alan, e a ligação entre elas também

— é minha filha - ele suspira - e eu não sei nada sobre ela nos últimos dois anos.

— sinto muito, você sabe que eu estou aqui com você

— digo o mesmo pra você filho.

🫀

Babi

Dean desliza a mão pela minha coxa e da alguns apertões .

Não tô no clima

E já falei isso duas vezes .

Ele se inclina beijando meu pescoço

— vamos pro vestiário?

— não tô no clima Dean- ele bufa

— ouvi dizer que você foi expulsa do internato por botar fogo no carro de um professor é verdade - assinto- caralho - ele ri - por que ?

— tirei uma nota baixa

— e por isso botou fogo ? - ele perguntou levando a mão mais pra cima na minha coxa

— tirei uma nota baixa e o professor me ofereceu 2 pontos a mais de eu chupasse ele , eu neguei mas o filho da puta ficou me assediando , mesmo depois do meu não, ele até chegou a levantar minha saia - viro pro Dean - por isso botei fogo no carro dele .

Devia ter botado fogo nele junto com o carro, tarado de merda .

Não pude deixar de sorrir quando ele engoliu em soco e virou pra frente tirando a mão da minha coxa .

Garoto esperto .

Me levantei e comecei a ir me direção a saída, vou dar uma volta por aí

— vamos Babi - vi o protegido se aproximar

— não vou a lugar nenhum com você protegido

— são ordens do seu pai

— não vou - digo encarando ele

— última chance - ele me encarou

— vai fazer o que ? - ele puxa minha mochila e eu fico sem entender

Merda seu braço passa pela minha cintura e mal pisco estou pendurada no ombro como um saco de batata .

— me bota no chão seu merdinha - bati nas costas dele e o palhaço pareceu nem sentir.

Levantei um pouco a cabeça vendo uma loira rindo de mim, ergui o dedo do meio , a ai que a bixa riu mais inda.

— me solta - bati nas costas dele - porra- grunhi - odeio você

Escuto porta do carro ser aberta e logo ele me "joga" no banco

— para de agir como uma pirralha mimada e respeita seu pai - sua voz saiu ríspida

Mas posso jurar que senti seus olhos refletindo medo .

Ele tem medo de mim ?

Acha que vou botar fogo nele ?

Idiota

Ele entra no banco do motorista e começa a dirigir de volta pra casa

— por que você me chamou de protegido ?

— por que você não vai se foder ?

— por que você é tão sem educação?- ele diz me olhando rapidamente antes de volar a focar na estrada.

— por que você não cuida da sua vida ?

Pego meu fone e coloco no ouvido, com o volume mais alto possível para não ter mais que escutar essa ladainha .

Odeio esse garoto.

Que ódio porra

My first loveOnde histórias criam vida. Descubra agora