Victor
Estamos tomado café da manhã só eu e a Babi.
Alan teve quer ir no banco e saiu cedo .
Uma vez no mês eu e Alan saímos pra fazer alguma coisa juntos .
Ou comer fora, jogo de algum esporte, bar....
Sei que já sou "adulto" mas adoro os programas de família que fazemos.
— sabe eu e o Alan vamos sair hoje à noite, você quer ir com a gente. Vai ser legal fazemos isso todo mês
Ela larga o garfo no prato, e empurra um pouco pra frente
— hmm. Programa de pai e filho ? - sua voz saiu ríspida
Tudo que eu menos quero é que ela ache que tô tentando pegar o lugar do irmão dela .
— não é bem isso. Só saímos pra conversar- engulo em seco
Ela me dá um olhar tão duro que meu corpo gela .
Sei que ela teve motivos pra botar fogo no carro, mas isso não faz o meu medo de ser queimado diminuir.
Ela tem meio metro mas consegue ser assustadora
— a quanto tempo fazem isso ?
— desde que eu vim morar aqui - sou curto e pela sua cara sei que não gostou da resposta
— inacreditável- ela ri - aí meu Deus Alan é a possoa mais hipócrita que eu conheço
— hipócrita ? - olho feio pra ela- ele é a melhor pessoa que eu conheci depois do meu pai- ok , tô puto- ele me tirou da rua e me deu amor e carinho sem nem pensar duas vezes
— o que ele te deu no primeiro natal que você passou com ele ?
— que que isso tem haver?
— o que ele te deu ?
— um celular- lembro que fiquei muito feliz, foi o primeiro presente que ganhei depois que perdi meu pai
— e no segundo natal ? - ela me encara
— a caminhonete, ele perguntou se eu queria ela ou um outro carro - eu sou apaixonado na minha caminhonete.
— ele comprou bolo de chocolate com morango pros dois aniversários que você passou aqui ? Colocou um monte de velinhas em cima ? assinto e ela da uma risada
— pera você tá com ciúmes ?
— ciúmes ?
— é da minha relação com seu pai - ela nega
— dois anos, 730 dias pra ser exata - fico confuso - fiquei no internado por 730 dias e sabe quantas vezes ele me ligou ? - nego - nenhuma - quantas mensagens ela mandou ? Nenhuma- ela ri - quantas vezes foi me ver ? Nenhuma
Ok
— enquanto você tava aqui com ele abrindo seu presente de natal - ela funga - eu tava sozinha no internato porque ninguém foi me buscar para as festas de fim de ano
Puta merda.
— passei todos os finais de semana sozinha porque meus colegas tinhas visitas ou até mesmo iam pra casa .
Ela respira fundo antes de continuar
— enquanto você assoprava velinhas eu não recebia nem uma mensagem de feliz aniversário- seus olhos estão embaçados .
— Babi... - eu nem sei o que dizer
— então não Victor, não tenho ciúmes. Só não entendo porque me tratar assim- ela pisca e as lágrimas deslizam pelas suas bochechas - na verdade eu sei, ele me culpa pela morte do Bernardo da mesma forma que minha mãe faz .
A porta de entrada é aberta e Babi levanta da mesa provavelmente indo pro segundo andar .
Puta que pariu
— oi -Alan entra na cozinha - pensei que já tinha ido pro colégio
— a... vou daqui a pouco
— você pode convidar a Babi pra ir com a gente hoje a noite ? Consegui ingressos para um parque de diversão .
A porta é aberta de fachada de novo- Babi foi sem mim
— convidei mas ela não vai .
— eu tô tentando- ele suspira - mas ela não colabora
— amo você treinador e sou grato por tudo que fez por mim - ele me olha confuso - mas se eu estivesse no lugar dela também não falaria com o senhor
— eu só queria ajudar Victor...
— devia ter tentado de outro jeito - levanto - vou indo, tenho que encontrar ela no caminho e da uma carona .
Tem um nó na minha garganta, a história da Babi sobre o pai, esse não é o Alan que eu conheço
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My first love
FanfictionVictor é um adolescente cheio de traumas que só quer ser feliz e esquece sua infância de merda . Depois que foi expulso de casa, consegui abrigo e carinho na casa do treinador do time da sua escola . Dois anos depois ele vive uma vida agradável e p...