Desafiados a Amar

Capítulo 4

Olá, amores! E um novo capítulo na vida de Samantha e Douglas começa. Que emoções estarão reservadas para hoje? Venha conferir e convide seus amigos a curtirem a nossa estória. Ah, e não deixa de curtir e comentar, tá? bjuu

“Andamos apalpando as paredes como se fôssemos cegos, como se não tivéssemos olhos; ao meio-dia tropeçamos como se fosse noite e, em plena flor da idade, parecemos mortos”. Is 59,10

- Que idéia maravilhosa, Samantha. Parabéns! Até que enfim uma atitude sensata.

Tânia observou extasiada com o romântico ambiente criado por mim na sala de jantar de minha casa. Os pratos, as taças e talheres foram primorosamente dispostos sobre a mesa de vidro. Uma delicada passarela estava organizada longitudinalmente sobre ela. Duas velas belíssimas descansavam sobre seus respectivos castiçais de prata esperando pelo momento em que deveriam brilhar. Um cheiro divino vinha do interior da cozinha denunciando as delícias que estavam preparadas para logo mais.

- Você acha que ele vai mesmo gostar? – perguntei enquanto desfazia uma ruga imaginária na passarela.

- Não tenho dúvida disso. Será uma ótima forma de recomeçar uma nova etapa na vida de vocês.

- Acredita que estou nervosa?

- Conhecendo você como conheço, tenho certeza que sim. – e olhando-me com ternura completou: - Precisa ser mais confiante de suas ações. Principalmente, no que se refere ao seu esposo. Não consigo entender esse comportamento da sua parte já que é tão atuante em outras áreas.

- É que acho que acabei perdendo o traquejo com ele.

- Trate de mudar isso, definitivamente. O nosso esposo é carne da nossa carne. Não deve haver esse tipo de barreira entre um casal.

- Eu sei. Descuidei demais. E não é fácil voltar de onde estamos agora.

Tânia tomou a minha mão esquerda e apontou para a aliança que eu usava.

- Essa aliança não é apenas um adorno, uma joia ou um objeto simbólico de um ritual. É a lembrança de que tem outra pessoa em algum lugar que faz parte de você. Que um dia declarou que seria apenas seu. Que estaria ao seu lado em todos os momentos. Que ao final de um longo dia de trabalho, o que ele mais deseja é voltar para casa. Voltar para você. Então, Samantha, eu creio que vale a pena sim refazer o caminho de volta.

Não me contive e a abracei com carinho.

- Você tem razão. Obrigada por tudo.

- Que é isso. Somos irmãs, não somos?

- Sim. – sorri ao afirmar com convicção e alegria por poder com contar com alguém como ela.

- Amém.

Tânia piscou para desanuviar a visão. Não queria se derreter em lágrimas ali no meio da sala. Ela aproveitou para encerrar a conversa.

- Vou indo que a qualquer momento Douglas irromperá por essa porta. Não sabe ele que está prestes a ser envolvido pelos laços do amor pela sua linda esposa.

- Senhor, dá-me coragem. - supliquei enquanto via Tânia se afastar.

Quando ela chegou à porta, declarou antes de fechá-la:

- Estarei intercedendo por vocês.

Apenas acenei. A porta bateu, depois foi o portão. Estava sozinha, outra vez. Mas o nervosismo resolveu fazer-me companhia. Companhia indesejada, na verdade. Os minutos foram passando.