Oiii. E hoje é sábado e estamos aqui mais uma vez. Corações preparados? Então, vamos lá.
Não deixa de curtir e comentar, ok? Bjuu
Dica: para vocês sentirem a cena com mais profundidade ativem o clip que escolhi para ser o fundo musical. Aguenta, coração!!!
" Sara os de coração quebrantado e lhes trata as feridas." (Sl 147.3)
Tive certa dificuldade em encontrar o local indicado no cartão. Nunca pensei que necessitaria usar o GPS dentro de minha cidade. Simplesmente, estava meio que perdida. Não entendia porque Douglas havia escolhido um lugar tão reservado. Conhecia tantos outros ambientes charmosos e bem melhor localizados. Logo me repreendi. Lá vinha a velha Samantha falando outra vez. Se ele tinha escolhido esse lugar era por que haveria de ser super especial. Procurei voltar minha atenção em buscar do endereço.
Chegaria atrasada, infelizmente. Não tive como evitar, tampouco. Explicaria jeitosamente isso a ele. Quando visualizei a moto preta senti um alívio tremendo. Até que enfim. Senti a pressão sobre meu peito aliviar. Por um momento cogitei que teria que ligar para ele e pedir para escoltar-me. Um fiasco que foi evitado. Ainda bem. Olhei em volta a procura de um lugar mais iluminado para estacionar e não achei.
Só desci do veículo quando conferi várias vezes o cabelo, a maquiagem, retoquei desnecessariamente o perfume, alinhei o vestido junto ao corpo. Não estava em minha melhor forma, mas o tubinho preto ajudava bastante em ocultar um pouco as gordurinhas que estavam fora do lugar. Tão logo a próxima semana começasse, eu trataria de organizar uma nova rotina de exercícios. Até comentaria isso hoje se achasse espaço na conversa. Quem melhor do que meu marido para me treinar? Seria algo realmente interessante.
Senti uma progressiva agitação e respirei fundo antes de dar o primeiro passo. Atravessei a rua com cuidado. O calçamento desgastado pelas últimas fortes chuvas não favorecia quem andava por ele com um salto daquele tamanho. Mesmo me valendo deste recurso, ainda continuava mais baixa que Douglas.
Não consegui evitar a inquietação. Quanto mais me aproximava da entrada do estabelecimento, mais estranhava a escolha dele. Não o imaginava frequentado lugares como aquele. Por mais que tentasse refutar tais pensamentos, algo estranho se formava dentro de mim e não demorei muito para entender o motivo.
Não soube descrever minha primeira sensação quando o vi sentado à mesa junto com uma mulher bem mais jovem que ele. Eles conversavam animadamente. O tom de descontração e intimidade entre os dois era evidente. Senti meus batimentos cardíacos dispararem. Fechei os olhos por um segundo e pedi a Deus que quando os abrisse novamente aquela cena não estivesse acontecendo poucos metros a minha frente. Não foi o que aconteceu.
Apertei com força a pequena bolsa que segurava. Estava prestes a arrebentá-la entre minhas mãos nervosas. Não sabia o que fazer. Tudo dentro de mim havia entrado em pane. Nada me obedecia. Apenas meu coração, para minha sorte ou infelicidade, continuava a bater. Acelerado. Em desespero. Achei melhor que ele tivesse parado de vez. Pouparia a mim de ter que pensar, de ter que tomar alguma decisão, alguma atitude. O que é isso, Senhor da Glória? Estou tendo agora um pesadelo? Desperta-me e mostra-me que nada disso é real. Por favor! – meu espírito gritava, em total desalento. Descargas elétricas potentes eram disparadas dentro de mim fazendo com que todo o meu corpo tremesse.
Foi com certa dificuldade que abri a bolsa e consegui tirar o celular de lá. Como um autômato, disquei o número dele. Observei quando a jovem pegou o aparelho que estava em cima da mesa e o segurou contra o próprio corpo deixando-o fora do alcance dele. Ela fez cara de pouco caso quando olhou o display do celular. Douglas comentou algo que era impossível ouvir de onde eu estava. Mas entendi que ele requeria o celular para si. A moça só o entregou quando a chamada se encerrou. Esperei para ver se ele me retornaria a ligação. Segundos intermináveis. Douglas deu uma rápida espiada e ignorou. Antes que ele colocasse o aparelho no bolso da calça, liguei novamente.
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Desafiados a Amar
RomanceOs piores pesadelos não são aqueles que temos quando estamos dormindo; os mais devastadores são os que nos assombram quando estamos bem acordados. E desta vez Samantha estava! Ventos impetuosos de um inverno congelante se abateram sobre o lar dos Ca...