Eu ainda estava tentando raciocinar o que a Bianca tinha acabado de me dizer. Não conseguia imaginar ela sozinha com meu irmão sem que uma briga enorme acontecesse. Mas agora era hora de pensar apenas em mim, em Gabriel, e no que aconteceria nessa noite.
- Pode entrar. - Ele disse abrindo a porta do carro conversível para mim, e entrou do meu lado no banco do motorista. - Você gosta de ouvir o que?
- Deixo você escolher.
- Você que manda. - Gabriel ligou o rádio e colocou a música que ele mesmo cantava. - Gosta dessa? - Ele riu.
- Acho um dos cantores meio desafinado, aquele tal de Gabi.
Rimos junto da brincadeira. Era incrível como nossa risada saía em perfeita sincronia.
Ele dirigia rápido pelas ruas vazias e o vento batia forte no meu cabelo. Já era de madrugada, e a falta de movimentação nas ruas fazia parecer que só tinha nós dois naquela cidade.
- Onde estamos indo? - Perguntei quando parei de reconhecer o caminho.
- Pra minha casa.
- Você não ia me levar pra minha?
- Você quer ir pra sua?
Minha ficha de que aquilo estava acontecendo ainda não tinha caído.
- Prefiro a sua.
- Ainda bem. - Ele me deu um sorriso.
Apesar de sua casa ser longe do local da festa, chegamos até que rápido.
Ele abriu a porta da casa, que mais parecia uma mansão. Um sofá enorme na sala, e uma televisão maior ainda. Do lado esquerdo observei uma porta de vidro que dava para o quintal, onde havia uma piscina de borda infinita.
- Fica à vontade. Minha casa é sua casa. Vou pegar algo pra gente beber.
Gabriel foi em direção da cozinha, passando por uma escada caracol, que levava ao andar de cima.
Me sentei no sofá e ele era mais confortável do que aparentava.
Estava admirando a sala de sua casa quando ele se sentou ao meu lado com uma garrafa de vinho e duas taças.
- Então Ana, me conta mais sobre você. - Ele serviu as duas taças.
- O que você quer saber?
- Quando você vai me beijar.
As palavras saíram tão rápido da boca dele que parecia que ele queria ter apenas pensado.
Normalmente eu ficaria sem jeito, mas por algum motivo eu me sentia muito a vontade com ele.
- Espero que seja essa noite.
- Seu desejo é uma ordem.
Ele se aproximou lentamente do meu rosto e colocou uma das mãos na minha nuca, nossos lábios estavam quase se encontrando quando o celular dele tocou.
Ele olhou assustado para a tela e não pensou duas vezes antes de recusar.
- Quem era? - Para estar ligando às 3 da manhã devia ser urgente.
- Ninguém. - Ele colocou o celular na mesa com a tela virada para baixo. - Vem cá, quero te mostrar uma coisa.
O segui com um pouco de receio sobre o que tinha acabado de acontecer, mas tentei deixar isso pra lá.
Subimos as escadas e seguimos por um corredor até outra porta de vidro, que dava para uma sacada onde havia uma hidromassagem.
A varanda estava iluminada apenas pela luz da lua e o LED fraco que vinha de dentro dela, e vista dava diretamente para as luzes da cidade, que podiam ser vistas de longe.
- Que vista linda. - Cheguei perto da beirada e apoiei a taça de vinho no muro.
- Só perde pra você. - Ele me abraçou por trás e sussurrou no meu ouvido.
Ele estava tão perto que consegui sentir seu coração batendo rápido.
Me virei de frente e fiquei o admirando por alguns segundos antes de finalmente beijá-lo.
Sua boca tinha sabor de menta e vinha tinto, e a partir de hoje esse era meu sabor preferido.
O clima começou a esquentar quando as mãos dele foram parar por baixo da minha roupa. Gabriel tirou minha blusa com uma lentidão torturante enquanto beijava minha boca e meu pescoço.
Ele fez o mesmo com a camisa dele, exibindo aquele corpo maravilhoso. Suas mãos desceram até minha saia, que em poucos segundos já estava jogada em algum lugar naquela sacada. Ele me pegou no colo e me colocou sentada na borda da hidromassagem enquanto tirava a calça, ficando apenas de cueca.
- Vem. - Gabriel falou com a voz rouca depois de entrar na hidromassagem.
Entrei logo em seguida e sentei em seu colo. Retomamos o beijo, e as mãos carinhosas dele percorriam todo o perímetro do meu corpo sem roupa, me deixando cada vez mais louca por ele.
Ele colocou a mão por dentro da minha calcinha, e meu prazer se transformou em medo. Não sabia se estava pronta para isso.
- Acho melhor a gente esperar. - Tirei a mão dele de lá.
- Desculpa, eu não queria...
- Tá tudo bem. - Interrompi. - Você pode me levar pra casa?
- Claro.
- Obrigada.
O clima ficou tenso e o silêncio que pairava durante o caminho para a minha casa era constrangedor. Só conseguia falar algo quando era para dar instruções sobre o caminho.
- É aqui. - Finalmente avistei minha casa.
- A gente se vê depois?
- Sim, claro. - Dei um sorriso falso. - Obrigada.
- Boa noite.
- Pra você também.
Que merda. Espero não ter estragado tudo.
Entrei em casa e percebi que o carro do meu irmão não estava lá, o que significava que ele e Bianca ainda não tinham chegado. Mas nem me preocupei com isso. Se eles não me ligaram pedindo socorro, é porque está tudo sob controle.
Fui direto tomar um banho quente e demorado, mas quando terminei, parecia uma nova pessoa.
Estava fazendo um pouco de frio, então peguei uma coberta e deitei na minha cama, pronta pra descansar e esquecer aquele final de noite tenso.
Ouvi meu celular apitar, não pude esconder o sorriso ao ver notificação do Gabriel no meu Instagram.
*Gabigol curtiu sua foto*
É, parece que nem tudo estava perdido.
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under control » roger guedes
Fanfiction♥︎ ⼃𝖀𝐍𝐃𝐄𝐑 𝕮𝐎𝐍𝐓𝐑𝐎𝐋 ⸙͎۪۫ ⋆ ࿐ ♡ 𝚁𝙾𝙶𝙴𝚁 𝙶𝚄𝙴𝙳𝙴𝚂 𝙵𝙰𝙽𝙵𝙸𝙲𝚃𝙸𝙾𝙽 ˚ ༘ 𐑥 𝗲𝗺 𝗮𝗻𝗱𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𓇬 Onde Bianca e Ana são duas melhores amigas que tem suas vidas mudadas após uma festa. all rights reserverd to;...