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BIANCA

Depois de longos minutos de conversa e choro, deixei a Ana em casa (contra a minha vontade). Apesar de eu ter insistido pra ficar com ela, ela disse que precisava de um tempo sozinha, então eu aceitei e fui para a minha casa.

32 ligações perdidas de Roger Guedes. Já era a 33º só naquela madrugada, quando eu decidi atender.

- O que você quer?

- A gente pode conversar? Onde você tá?

- Não te interessa onde eu estou.

- Sério que você vai ficar brava comigo? Eu nem fiz nada.

- Esse que é o problema! Se você encoberta a traição da sua própria irmã, não quero nem imaginar o que você seria capaz de fazer comigo.

- Nada, Bianca. Eu não faria nada que te machucasse. Agora, por favor, me diz onde você está. Ou eu vou te achar.

- Então acha, Roger. Afinal, eu não sou tão boa de esconder as coisas quanto você.

Desliguei antes mesmo que ele pudesse falar alguma coisa. Sinceramente, aquilo tudo era demais até pra mim. Ana e Gabriel sempre tiveram um relacionamento invejável. Estava na cara que eles se amavam, ele a amava. Deve ter algo de muito errado nessa história.

Entrei em um banho quente e demorado enquanto pensava em alguma solução para todo esse problema, quando fui tirada dos meus pensamentos pelo meu celular tocando.

- Meu Deus! Para de me ligar!

- Dá pra você abrir a porta? Tá chovendo e frio.

- O que? - olhei pela janela do meu quarto e o carro de Roger estava estacionado na rua. - São quase 5 da manhã, vai pra casa.

- Bianca, não! Por favor, abre a porta.

Desliguei o telefone e resmunguei para mim mesma. Coloquei um pijama rapidamente e fui até a porta de entrada.

- Bianca!

- Shh! Fala baixo, minha vó tá dormindo.

- Desculpa. - ele sussurrou, entrando na minha casa.

- Como você me achou?

- GPS do celular.

- Você é doente! Vem, vamos pro meu quarto.

Roger Guedes me seguiu até meu quarto, e começou a tirar suas roupas.

- Que porra você tá fazendo?

- Essas roupas estão molhadas, não posso ficar com elas. Não quero pegar resfriado.

- E você espera que a gente converse com você pelado na minha frente?

- Qual o problema? Não é nada que você já não tenha visto.

- Ah, pelo amor de Deus! - revirei os olhos.

- Se você quer conversar de igual pra igual, deveria tirar sua roupa também.

Um arrepio dominou todo o meu corpo assim que senti suas mãos tirando a alcinha do meu pijama do meu ombro.

Uma parte de mim queria mandar ele se foder, mas a outra estava louca pra se entregar pra ele mais uma vez.

- Eu te odeio, Roger Guedes. - me virei de frente pra ele, deixando ele tirar meu blusa por completo.

- Odeia, mas não consegue resistir a mim.

O filho da puta é gostoso e sabe disso.

Mas ele está certo, eu não consigo resistir a ele. A verdade é que eu nem tento.